FALA, TORCEDOR: “Parabéns, Crizam!”

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FOTO: REPRODUÇÃO / CRUZEIRO

O autor deste texto, enviado através do FALA, TORCEDOR do DMD, é o @Acervo1921

Já parou para pensar, que existem jogadores que chamam caneco? Onde quer que eles passem, não importa, levantam taças!? Para falar especificamente do Cruzeiro, posso citar alguns, Adilson Batista, Fabinho, Muller, Dagoberto, onde esses caras jogavam, independente do clube… era sinal de volta olímpica ao fim do certame.

Pois bem, o personagem de hoje é justamente um desses jogadores com ‘DNA de campeão’, vencedor por onde passou, no Cruzeiro conquistou nada mais nada menos que seu 5º titulo brasileiro, chegou ao clube com a árdua tarefa de ser o substituto pontual do craque Alex, nos momentos em que ele não pudesse jogar, seja por suspensão, desgaste físico, convocação, ou até mesmo por assuntos pessoais, já que sua esposa passava em 2003 por um intenso tratamento em busca da primeira gravidez.

E quem é esse jogador? Estou falando de Crizam César de Oliveira Filho, mais conhecido como Zinho ou, como era carinhosamente chamado pela Nação Azul, “Vovô-Zinho” no auge dos seus 36 anos…

Na Biografia de Alex, escrita por Marcos Eduardo Neves e publicada pela editora Planeta, o ‘Talento Azul’ detalha os motivos da chega do jogador:

“Em maio o Luxa fez uma reunião conosco: Alex, perdi o Martinez por lesão no joelho e preciso de um cara para fazer aquele corredor. Vou trazer o Zinho o que você acha? Disse-lhe o que pensava, que era um baita jogador, que para completar o esquema cairia como uma luva. Contudo, raciocinando em cima do que estávamos falando, ele acabaria sendo reserva. O meu reserva. Será que um jogador do porte dele, do peso dele, suportaria isso? Luxa me garantiu: “Do Zinho cuido eu!”.

E assim, Zinho foi contratado para reforçar o elenco Celeste de 2003, sendo importante não só em campo, nas vezes que foi utilizado, mas também como parte integrante do grupo de jogadores, entendendo seu importante papel de coadjuvante ao sabendo lidar com o protagonismo de Alex.

Mas os deuses do futebol iriam reservar para Zinho seu momento de glória, coube a ele substituir o melhor jogador do campeonato, o suspenso Alex, na partida contra o Paysandu, que poderia dar ao Cruzeiro (em caso de vitória) o sonhado título do campeonato brasileiro.

Do seu abençoado pé esquerdo, saiu o gol que encaminhou o bi campeonato nacional e por consequência a inédita conquista da tríplice coroa, o campeonato brasileiro tão aguardado por gerações, como a minha da década de 80, que se acostumou a um Cruzeiro copeiro, ganhador de copas do brasil, supercopas, libertadores, tinha esse intenso desejo da conquista de um Brasileirão e ele veio de forma incontestável, lavando a alma dos Cruzeirenses.

Parabéns Zinho, te desejo muitas alegrias, do tamanho das que nos proporcionou pós ‘chutamento’ naquele 30/11/2003, que sua jornada de vida seja perfeita como a viajem e quique daquela bola na pequena área, surpreendente como o peixinho de Aristizabal, emocionante como o balançar das redes, e prazeroso como o festejar do povo azul em meio as estrelas amarelas nas arquibancadas…

Ah, se tiver algum percalços no caminho, faça como o Cris no pós gol, de um bico nele para o alto e vá ser feliz!

Saudações Celestes!

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