FOTO: REPRODUÇÃO / ARQUIVO PESSOAL
“Impérios não são destruídos por forças externas e sim por fraquezas internas.” – Lionel Luthor
Em 2019 testemunhamos a queda e a ruína de um gigante. E o personagem que disse a frase acima resumiu perfeitamente os últimos dois anos do Cruzeiro. Se em campo não houve quem o rebaixasse, era dentro de casa onde estava o real perigo.
Foram dois anos de desmonte por parte da pior gestão que já passou pelo Cruzeiro Esporte Clube. A ”Família União” (composta por Wagner ‘presida raiz’ Pires de Sá, Itair ‘homem forte do futebol’ Machado e Serginho ‘Capivara’ Alterosa) e seus agregados tais como Leandro Freitas da Geral Celeste que assim que entregou as chaves do pub que faliu sob sua gerência ficou responsável por destruir o plano de sócio-torcedor do Cruzeiro, que foi um sucesso por muitos anos e era uma importante fonte de receita. Uma gestão muito premiada e defendida pela isenta imprensa esportiva mineira até poucos dias atrás.
Além dos personagens acima, não podemos esquecer de Zezé Perrella que no breve período em que não fingia ser um vegetal durante a pior gestão da história quis um breve protagonismo e concluiu o seu plano de rebaixar o clube, iniciado em 2011. Voltou apenas para terminar o serviço, coincidentemente pouco depois de alguns meses de consultoria muito bem remunerada prestada pelo seu filho Gustavo Perrella. Não vamos omitir estas importantes participações que nos levaram à série B.
Aprendemos mais nas derrotas do que nas vitórias. Chegamos no fundo do poço, mas ficam as lições aprendidas. O torcedor entendeu que não se deve confiar em falsos mitos, a máscara da imprensa mineira caiu e estão sendo cobrados por isto. E o principal: o gigante está agonizando mas não está morto. Este conselho gestor que se forma é uma fagulha de esperança de um torcedor machucado, que no mesmo ano que ‘perdeu’ vários ídolos (que deixaram o clube, ou que ainda estão aqui e apenas o caráter se foi) e viu seu clube ser depredado e rebaixado.
Este conselho vai ser o início de um processo que será o renascimento da fênix direto das cinzas para o lugar onde merece: levantando taças e sendo referência de excelência. Para isto, nós torcedores temos algumas sugestões. Uma limpeza deve ser feita no clube, eliminando qualquer resquício de vergonha da imagem do clube. Nomes tais como: Benecy Queiroz, Valdir Barbosa, Renê Salviano, Fabiano Oliveira Costa, Flavio Pena, Marcone Barbosa, Marcelo Djian, Gaúcho e Galinari precisam partir. O clube precisa de pessoas íntegras, comprometidas com a reconstrução e quem aceitou trabalhar com/para a gestão que renunciou não tem a confiança do torcedor. Na empresa de vocês eles teriam lugar? Acho que não.
Dentre as pessoas comprometidas para este projeto, há nomes que provaram seu valor, tem boa relação com o clube e seriam importantes aliados não só para reconstruir, mas para atrair o torcedor para mais perto do clube. Um deles é Alexandre Mattos.
Além de ser um profissional do mais alto gabarito, Alexandre Mattos é cria nossa, cruzeirense de arquibancada. Pode ser um aliado importante e sabe o caminho das pedras pois pegou o América na série C e o levou até a Série A. Veio para o Cruzeiro em 2012 e montou um bom elenco praticamente sem dinheiro. Nomes como Ceará, Tinga e Borges vieram sob o comando dele e foram o início daquele time bicampeão brasileiro. Campeoníssimo e com um projeto bem montado, podendo ser o diretor durante o centenário do clube do coração pode ser um fator definidor.
Outro profissional que seria de grande valia: Tinga. Além da passagem como atleta, campeão com a nossa camisa e adorado pelo torcedor, ele se especializou em gestão esportiva e foi nosso gerente de futebol em 2017. Ele era o elo entre diretoria e vestiário num ano em que fomos campeões da Copa do Brasil com salários atrasados. Fala a língua dos boleiros e a dos gestores e seria uma ótima aquisição para a equipe que vai reconstruir o clube.
Para o marketing, temos a sugestão de um dos poucos acertos da gestão que renunciou: Bernardo Pontes. Era um profissional que ganhou o carinho do torcedor por manter um canal aberto de comunicação, por utilizar as redes sociais e ouvir sugestões. O lançamento da marca ‘La Bestia’ e o projeto de transformar os dias de jogos em eventos para a família davam grandes resultados. Chegamos a disputar um campeonato mineiro com média próxima a 40 mil pagantes por jogo com esta ação em prática. Seu currículo e suas entrevistas mostram ser um profissional capacitado, e até hoje demonstra carinho e respeito pela instituição.
Uma boa equipe recupera a credibilidade no mercado e com o torcedor, principal ”cliente” do Cruzeiro. Depois de uma gestão destrutiva, ídolos decepcionando e o desgaste de tantos protestos, o torcedor merece ter profissionais com o seu selo de qualidade. Estes já demonstraram ter.
Limpem nosso clube, organizem a nossa casa. Contem com a nossa ajuda. Make Cruzeiro Great Again!
O autor deste texto, enviado através do FALA TORCEDOR do DMD, é Welbert Campos