
O Cruzeiro foi a São Januário com os reservas dos reservas e perdeu por 2×0. O banco composto apenas por seis jogadores (três da base) reforçou o foco total na Copa do Brasil e não poderia ser diferente. O desempenho dos reservas, sim, poderia ter sido melhor. Algo que não aconteceu ao longo de todo o campeonato e por isso ocupamos uma posição ruim na tabela, podendo ficar à 11 pontos do G6 (caso o rival supere o América) e apostando todas as nossas fichas no hexacampeonato. Erros de arbitragem à parte, claro.
O primeiro tempo surpreendeu pelo equilíbrio dos reservas, defendendo bem e com a bola explorando o lado esquerdo com a dobradinha David/Patrick Brey. A falta de entrosamento comprometia a circulação de bola e jogadores como Ezequiel, Bruno Silva e Rafael Sobis não ajudavam como deveriam, deixando Fred isolado no ataque. No segundo tempo um gol de Yago Pikachu logo no início foi uma ducha de água fria. Buscando o empate, Mano Menezes lançou Sassá e Raniel nos lugares de Bruno Silva e Fred, respectivamente. Melhor no jogo, mas sem conseguir marcar, levamos o segundo gol marcado por Maxi López. Mais uma atuação fraca, sem brilho e comprometedora dos reservas que frustra mais pela fragilidade do adversário.

Expulso pela segunda vez no campeonato, Mancuello não justificou todo o investimento feito em seu futebol e frustra os torcedores a cada atuação. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
A Copa do Brasil é a salvação da temporada, é hora de fecharmos por este objetivo
É certo que falhamos no Brasileiro, mas nem tudo está perdido. Após a Copa do Brasil, teremos três jogos consecutivos em casa contra Chapecoense, Paraná e Ceará. Além de um duelo regional contra o América na sequência e apenas três equipes consideradas “grandes” (Flamengo, Corinthians e São Paulo). Na pior das hipóteses, ainda será possível lutar via Brasileiro por uma vaga na Libertadores. Muita calma nessa hora e foco no principal objetivo. Pelo segundo ano consecutivo estamos disputando uma final de Copa.
O Cruzeiro pode se tornar o maior campeão da Copa do Brasil e garantir uma premiação de R$ 50 milhões, além da vaga na Libertadores do ano seguinte, fechando a temporada com mais uma taça no armário. Mano Menezes tem suas limitações? Sim. O elenco montado ficou abaixo do que esperávamos por todo o investimento feito? Sim. A diretoria tem culpa nisso? Claro que sim. Contudo, passamos por cima desses problemas e estamos vivos. Eliminamos ao longo do ano equipes como Flamengo, Palmeiras, Santos, Atlético-PR e o Rival numa virada que nos garantiu o título estadual. Isso não pode ser jogado no lixo como tudo que foi feito até aqui fosse ruim. Todo esse sacrifício pode ser premiado e faltam apenas 90 minutos. Cobranças sempre deverão existir, mas creio que precisam ser feitas levando em consideração todo o contexto de uma temporada e não fragmentos de momentos de oscilação. Temos uma decisão para ganhar.

Mano Menezes tem muitos defeitos, mas seus méritos não podem ser ignorados. Pode se tornar o primeiro treinador a ganhar de forma consecutiva duas Copas do Brasil. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Foto de Capa: Vinnicius Silva/Cruzeiro
#MeDibre