Fernando Diniz admite atuação abaixo, fala sobre grande desafio da temporada e projeta próximo jogo

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Na noite desta quarta-feira (22), o Cruzeiro foi derrotado por 1 a 0 pelo Athletic, em partida válida pela 2ª rodada do Campeonato Mineiro, realizada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Em um jogo marcado por dificuldades ofensivas e falhas defensivas, o técnico Fernando Diniz reconheceu a má atuação da equipe e adotou um tom direto em sua coletiva de imprensa pós-jogo.

Diniz não escondeu sua insatisfação com o desempenho do Cruzeiro. “A gente não fez um bom jogo. Poderia ter jogado melhor. A partir da parada técnica, melhoramos no jogo. Corremos riscos desnecessários”, afirmou. O técnico explicou que a equipe ganhou mais controle na segunda etapa, mas pecou na conclusão das jogadas.

O gol da vitória do Athletic saiu em uma bola parada, algo que, segundo o treinador, já era esperado.

“Logo depois das trocas tomamos um gol de bola parada, que a gente ofereceu algumas bolas desnecessárias. Era uma das chances mais possíveis que eles tinham. Depois a gente se perdeu como time, tentou resolver de maneira rápida e acabou criando menos.”

Questionado sobre como reconquistar o apoio da torcida, Diniz foi categórico:

“Só com vitória. Não tem outro caminho. Se não ganhar, não tem convencimento com o torcedor. E o torcedor está no direito dele de vaiar. Tem que ganhar jogos e campeonatos. Se não vai ser isso aí que teve depois que a gente tomou o gol.”

O público presente no Mané Garrincha demonstrou insatisfação após o apito final, com vais e xingamentos direcionado ao técnico, evidenciando a pressão sobre o elenco e a comissão técnica no início da temporada.

O técnico também comentou sobre as dificuldades da equipe na partida e os ajustes necessários. “Enquanto o jogo estava ‘lá e cá’, estava mais perigoso pra gente. Depois conseguimos cadenciar e ter mais controle, mas não matamos o jogo quando tivemos a chance”, disse.

Sobre o planejamento para o próximo confronto, contra o Betim, no sábado, no Mineirão, Diniz foi evasivo, indicando que avaliará as condições do elenco antes de definir a escalação.

“O planejamento não é fixo. A gente vê a cada jogo quem é melhor para o Cruzeiro. Vamos ver as condições dos jogadores pra montar o melhor possível pra sábado.”

Indagado sobre aprendizados do último ano, Diniz mostrou irritação com o que classificou como uma pergunta realizada:

“Tô sempre aprendendo. Essa pergunta é difícil de responder e fácil de fazer. Estou sempre aprendendo. Aprendizado… não dá pra falar uma coisa de 2024. Os resultados não acontecem, a gente fica mais reflexivo, e acaba aprendendo. Por conta de uma derrota de hoje, fica uma pergunta oportunista, que eu vou falar que aprendi porque perdeu. Contra o Atlético jogou bem, contra o São Paulo, contra o Tombense também jogou bem. A reflexão do ano passado está sendo feita e digerida, procurando melhorar para ajudar o Cruzeiro.”

O técnico também foi questionado sobre o grande desafio com o atual elenco. Diniz também quis deixar bem claro sua forma de pensar sobre resultados e a forma como o time atua:

“Desafio é ganhar jogo. Não pode falar uma coisa contra o Atlético, contra o Tombense… e hoje parece que tudo acabou. O torcedor eu entendo. A gente que milita no futebol, não é assim que funciona. Procurar melhorar o time e ganhar. Eu tenho que ajudar o time a vencer jogo. Tamo começando agora a temporada. Hoje jogou mal o time, mas parece que não começou bem. Vai ter que jogar bem todos os dias e ganhar? No fundo é ganhar. Se tivesse ganhando de 1 a 0, as perguntas seriam outras. O time tem que ganhar, é isso.”

O Cruzeiro volta a campo neste sábado (25), contra o Betim, no Mineirão, buscando sua segunda vitória no Campeonato Mineiro.

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