O Cruzeiro sofreu uma dura derrota por 2 a 1 para o Palmeiras no Mineirão, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro de 2024. Com o resultado, a equipe mineira deixa de depender apenas de si para conquistar uma vaga na Copa Libertadores de 2025. Após a partida, o técnico Fernando Diniz analisou a situação do time, a pressão pelo cargo e o desempenho na temporada.
Diniz reconheceu a responsabilidade pelo desempenho da equipe e apontou problemas no primeiro tempo contra o Palmeiras:
“Eu tenho uma responsabilidade grande porque sou o treinador do time. Fizemos um primeiro tempo abaixo. Tivemos um momento bom quando voltamos para o segundo tempo, com marcação mais agressiva, recuperando bolas no campo de ataque, mais posse e verticalidade. Fizemos o gol, mas tomamos um gol de transição e outro de uma falta sem critério nenhum. O Estêvão teve a felicidade de fazer uma bela cobrança.”
O treinador também falou sobre a frustração dos torcedores diante da sequência de maus resultados. “É difícil falar para o torcedor. Ele deve estar frustrado, raivoso, e tem toda razão. Pelo acumulado de coisas que vêm acontecendo e, principalmente, pelos resultados. Não adianta jogar bem e oscilar. Temos que ganhar agora e torcer para conseguir a vaga no domingo”, afirmou.
Diniz reconheceu que os resultados em 2024 não correspondem às expectativas e fez uma autocrítica.
“São resultados ruins, abaixo do esperado. Trabalhamos bastante, mas nem sempre o desempenho entrega resultado. Temos um problema de resultados mais do que de desempenho. Vamos fazer o melhor que pudermos nessa última rodada”.
Questionado sobre as diferenças entre 2024 e anos anteriores de sua carreira, Diniz admitiu que esta é uma situação atípica. “Desde 2019, todos os times que terminei trabalhando se classificaram diretamente para a fase de grupos da Libertadores. Nunca tive resultados tão ruins na minha carreira. Para explicar isso, teríamos que ficar duas horas conversando”, disse.
Sobre a pressão pela falta de resultados, o treinador afirmou que seu maior desafio é entregar o esperado para a torcida.
“Eu sou tranquilo em relação a ser mandado embora ou continuar. O que me pressiona é a minha capacidade de entregar resultados. Trabalhei bastante para que eles aparecessem, mas infelizmente não vieram.”
Diniz também comentou sobre a utilização de jovens jogadores. “Com dois meses aqui, é difícil falar da base. Tenho um olhar cuidadoso. Não é só lançar, é lançar no momento certo. Espero, ficando aqui, poder colocar jogadores que tenham consistência”, declarou.