Na noite desta segunda-feira (27), o Cruzeiro empatou em 1 a 1 com o Grêmio no Mineirão, pela 35ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o time mineiro segue enfrentando dificuldades para emplacar bons resultados, o que aumentou a pressão sobre o técnico Fernando Diniz. Em coletiva de imprensa após a partida, o treinador analisou a performance da equipe, destacou os pontos positivos e comentou sobre o momento de cobrança vivido pelo clube.
Diniz ressaltou que, apesar do empate, o Cruzeiro apresentou um bom futebol. “O time jogou bem, talvez tenha sido o melhor jogo nosso em termos de produção.” afirmou.
“O sonho nesse momento é a vaga pra Libertadores e o time trabalhou e produziu muito. O que precisa? Colocar a bola pra dentro. E nas poucas chances do adversário, não levar o gol. Temos que continuar produzindo, ter mais calma, mais capricho, não da pra precisar o que está faltando pra fazer gol. Pelo que a gente jogou, merecia um resultado bem melhor do que foi.”
Questionado sobre como a sequência ruim pode afetar o emocional dos jogadores, Diniz destacou a necessidade de absorver a pressão e responder em campo. “Quem tá no futebol tem que saber absorver. O torcedor, no geral, apoiou o time, teve um comportamento bom. No final, eles têm a liberdade de vaiar, se acharem necessário. No mental, tem que responder no campo. A equipe mentalmente respondeu de maneira positiva hoje, o que faltou foram os três pontos”, analisou.
Diniz destacou que, apesar das dificuldades, o time tem demonstrado atitude. “Eu fui campeão da Libertadores. Campeão não é só quem levanta taça, é atitude. O time teve atitude, bonita. O resultado, quando não vem, machuca. Mas eu tenho certeza que não foi pelo que o time jogou, mas pela sequência de resultados negativos”, ponderou.
Sobre o encontro recente entre torcedores organizados e jogadores, o treinador classificou a conversa como pacífica. “Foi uma conversa educada, num tom onde conseguimos escutá-los. Nesse caso especificamente, não teve problema. Foi bem conduzida”, relatou. Ele também destacou a importância de respeitar o papel das torcidas organizadas no futebol, desde que de forma pacífica.
Ao falar sobre o estilo de jogo da equipe, Diniz defendeu as escolhas táticas e elogiou a adaptação dos jogadores.
“Os jogadores souberam fazer o que o jogo estava pedindo. O fato de aglomerar jogador de um lado ou de outro, a gente fez contra o Criciúma. Hoje contra o Grêmio pedia um outro tipo de jogo. Hoje teve muita aproximação. Hoje teve até mais troca de posição.”
Diniz também comentou sobre as cobranças que recebe da diretoria. “Eu sou cobrado todos os dias da minha vida como treinador. E a diretoria enxerga o que está acontecendo, vê o trabalho, não só o resultado”, disse.
Por fim, questionado sobre como o time vai alcançar resultados diante do trabalho que vem sendo feito, Diniz reafirmou o objetivo de buscar uma vaga na próxima Libertadores e voltou a questionar o imediatismo do futebol brasileiro.
“Você gostou do bom trabalho do Klopp no Liverpool? Lá, as pessoas demoram 1 ano pra conhecer o time. Aqui, eu cheguei faz dois meses. O que eu posso fazer? Eu posso fazer o time jogar bem e achar que isso é algo que vai dar resultado, as vezes não vem. O resultado as vezes foge. Acho que o Cruzeiro ta perto de ganhar sequencialmente. A gente fez um grande jogo, contra uma grande equipe que a gente não ganhou. Eu tô triste. É só Cruzeiro. Vou continuar trabalhando pra melhorar o time e conseguir as vitórias.”