Fernando Seabra fala sobre empate: decisão de campo por pênalti, oscilação e oportunidade pra base

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Na noite desta quarta-feira, o Cruzeiro empatou em 0 a 0 com o Internacional no Mineirão, ampliando sua sequência negativa no Campeonato Brasileiro para cinco jogos sem vitória. Mesmo sendo superior ao adversário e criando diversas oportunidades, a equipe celeste não conseguiu converter suas ações em gol, incluindo um pênalti desperdiçado por Kaio Jorge. Após o jogo, o técnico Fernando Seabra falou sobre o momento delicado da equipe, as decisões de escalação e a oscilação no desempenho dos jogadores.

Seabra explicou a escolha de Kaio Jorge para bater o pênalti, decisão que acabou sendo crucial para o resultado da partida.

“Nós tínhamos três batedores em campo. O primeiro era o Marlon. O Kaio vem treinando, faz parte das opções. O Kaio pediu pro Marlon e o Marlon aceitou. Foi uma decisão de campo, foi tomada e, infelizmente, o Kaio não fez o gol.”

Questionado sobre a ausência de atletas das categorias de base entre os relacionados para o jogo, Seabra destacou que essa foi uma situação excepcional, devido à presença de outros jogadores no elenco e compromissos já agendados dos jovens talentos. “Temos algumas opções que hoje, excepcionalmente, estavam disponíveis. Era o caso do Lautaro e do Barreal. Temos a intenção de integrar alguns jogadores. Hoje, como eles tinham esse jogo e já estavam lá (no sul), e temos jogadores que fazem essas funções, como é o caso do Vitinho”, explicou Seabra.

O treinador também falou sobre a importância do desenvolvimento e da evolução dos jovens jogadores, como o caso do Japa, que retornou após lesões e foi utilizado na partida. “Não tem nada que é mais caro pra mim do que, com os jogadores que você trabalha, sentir a evolução. Os da base estão sendo acompanhados, sabemos do potencial e da qualidade, e vão ter o momento deles.”

Seabra fez questão de diferenciar o empate desta quarta-feira dos outros resultados recentes. Ele ressaltou que o Cruzeiro teve um desempenho muito superior ao do Internacional, com 19 finalizações contra apenas uma do adversário.

“Pressionamos no campo do adversário, tiveram jogadores amarelados. A expulsão faz parte do que a gente produz no jogo. Continuamos, fizemos um jogo com 19 finalizações no total e o adversário uma. Não só o pênalti perdido, que seria o suficiente para nos trazer os três pontos, mas outras oportunidades que não fomos felizes, a bola não entrou.”

Fernando Seabra destacou que a falta de treinos contínuos tem dificultado a implementação das ideias táticas durante os jogos. “Nós tivemos uma preparação que foi boa. Colocamos os pontos que deixamos a desejar, tivemos um treino ontem de qualidade e uma boa apropriação dos jogadores da proposta. Eu discordo em relação ao jogo de hoje. Eles fizeram aquilo que tava esperado. Nos rendeu chance de gol, rendeu superioridade no jogo como um todo”, disse o treinador, pontuando que o time precisa de mais tempo para treinar e assimilar as propostas.

Seabra foi enfático ao dizer que não se sente ameaçado no cargo, confiando no trabalho da diretoria e no grupo de jogadores.

“Confio na gestão, confio no presidente. Edu Dracena, Paulo Pelaipe, sempre junto, apoiando, incentivando, colocando os contrapontos. Confio no grupo dos jogadores pelo profissionalismo, dedicação, pelo que mostrou e da capacidade que tem de mostrar resposta.”

O técnico também refletiu sobre as oscilações de desempenho da equipe e a necessidade de adaptação dos jogadores. “As oscilações de desempenho, em alguns momentos, se deve às adaptações dos jogadores que foram sendo oportunizados a terem mais domínio. Perdemos sincronia de pressão e ofensiva. Ganhamos em outros aspectos”, disse Seabra, destacando que o time tem sido estudado e pressionado de maneiras diferentes pelos adversários.

Por fim, Seabra reconheceu que o Cruzeiro tem produzido pouco ofensivamente e que a meta agora é retomar a capacidade de criação de jogadas perigosas. “Nossa conversa pro jogo de hoje era criar uma resposta, voltar a ser uma equipe que sai jogando”, concluiu.

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