Logo após a vitória contra o Corinthians, comentei sobre dois fatores importantíssimos para a manutenção de uma caminhada vitoriosa do Cruzeiro para 2019, o primeiro sobre as minhas apostas totais em Fred como o grande nome para o time ano que vem e o segundo sobre a lapidação que deveria ser feita nesse elenco de experientes e campeões.
Vou começar pelo primeiro fato que me parece algo já encaminhado: Fred e sua grande chance de redenção. E quando eu falo redenção, falo no sentido de que o jogador terá a grande chance de mostrar que mesmo após a lesão mais grave de sua carreira ainda é o melhor centroavante do futebol brasileiro e também no sentido de que tem a grande chance de comprovar uma idolatria que sempre lhe foi imposta – mesmo que eu a considere injusta.
Até o momento, desde o seu retorno, Fred disputou apenas 13 partidas (8 pelo mineiro, 4 pelo brasileiro e 1 pela Libertadores) marcando 2 gols. Mas os números não querem dizer nada. Fred dá outra dinâmica ao ataque do Cruzeiro. Mesmo sem ritmo a mobilidade ofensiva do time celeste e notadamente outra com o jogador em campo. Fred faz com facilidade o que Barcos, com muito esforço, tenta fazer. E a verdade é que não tem briga de posições, enquanto tiver condições Fred é titular incontestável e ponto.
E avaliando essa presença do camisa 9, entra o segundo fator citado no início desse texto, que é a lapidação do elenco. Cruzeiro tem um elenco experiente, campeão e de um ambiente muito bom. Manter isso é essencial. Mas adequar isso a uma nova realidade é ainda mais.
Conforme apurado pelo portal Superesportes, o Cruzeiro já se movimenta nos bastidores para renovar o contrato de peças-chave, por exemplo Thiago Neves. Ontem, o jornalista Gabriel Duarte noticiou no globoesporte.com que o diretor de futebol Marcelo Djian já sonda nomes no mercado, como Dodô e Bruno Henrique, ambos do Santos. Ótimas notícias e que mostram uma ambição necessária para a Libertadores de 2019. Mas é necessário também uma autocrítica (a palavra do momento) para reavaliar dispensas – muitas delas que vieram ainda em 2018 – para enxugar a folha salarial, diminuir a média de idade conforme foi abordado pelo amigo Iron aqui no Deus Me Dibre e abrir espaços para que novas apostas despontem, sejam os contratados ou da base.
A verdade é que o Cruzeiro NÃO precisa de grandes investimentos para 2019. Contratações na casa das dezenas de milhões de reais, como foi com o próprio Fred, não são obrigações da atual diretoria para que esse elenco almeje mais uma temporada de grandes feitos. O que, claro, também não exime ninguém de críticas, caso as possíveis contratações não rendam conforme o esperado.
Enfim, o Cruzeiro tem a grande vantagem de começar 2019 antes de todos os outros times.
Hora de usar essa vantagem a nosso favor!
Foto de capa: Flickr Oficial/Cruzeiro E.C.