
FOTO: REPRODUÇÃO / CRUZEIRO E.C.
Enquanto os bastidores políticos do Cruzeiro seguem agitados, com a saída de Zezé Perrella do futebol a mando do presidente Wagner Pires de Sá na manhã desta quinta-feira (12) as coisas também estão complicadas para os funcionários da Toca I e II. Pessoas que trabalham nas funções mais básicas e primordiais da estrutura do clube (como cozinha, campo, limpeza, etc) estão sem receber os vencimentos de dezembro, o 13º salário e também as férias.
Fontes distintas dos dois centros de treinamento procuraram a reportagem do DMD para denunciar essa situação. Enquanto o aparelhamento continua, com pessoas indicadas e conselheiros trabalhando com salários exorbitantes, os funcionários vivem situação complicada devido ao atraso nos pagamentos. Vale ressaltar que muitos desses funcionários recebem até mesmo de um a dois salários mínimos.
Parte da denúncia veio também acompanhada de uma outra revelação: funcionários do clube contratados através de pessoa jurídica (PJ) estariam recebendo um “13º salário”. Uma das fontes alega que o Cruzeiro, ao invés de realizar um contrato de prestação de serviço anual, com pagamento mensal em 12 vezes, teria realizada contratos com 13 vencimentos a serem pagos no período de um ano. Uma forma de burlar a legislação vigente e pagar algo semelhante ao que seria o 13º salário. Esses, que recebem valores muito acima dos praticados no mercado, são os que entraram no clube por indicação dos mandatários.
Os próprios funcionários tem se mobilizado dentro dos CT’s para ajudar aqueles que estão sem receber, com doações e ajuda de custos, mas tem sido insuficiente e causado receio, pois o clube não dá sinais de quando esses valores serão pagos.
Tentamos contato com o presidente Wagner Pires de Sá para saber sobre a situação desses funcionários, mas não fomos atendidos.