FUTEBOL FEMININO DO CRUZEIRO ENCERRA AS ATIVIDADES DAS CATEGORIAS DE BASE

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Por Natália Andrade

A péssima gestão de Wagner Pires de Sá levou o Cruzeiro a encerrar as atividades das categorias de base do feminino. As atletas foram comunicadas entre o fim da tarde e o início da noite de ontem. A medida visa realocar recursos para a equipe principal e também garantir uma segurança para as próprias atletas, já que a base passava por dificuldades e não seria possível ter certeza de que seria mantida até o fim do ano. Ao todo, a base contava com 23 atletas no sub-18 e foram contratadas mais 13 para a disputa do Brasileiro sub-16 que aconteceu em dezembro do ano passado.

As jogadoras que trabalhavam na base do Cruzeiro tinham contrato até o dia 31 de dezembro de 2019, ou seja, ainda não haviam feito vínculo com o clube para a atual temporada. Os custos da categoria de base giravam em torno de 50 mil reais por mês, dentre os gastos com as atletas e a estrutura, já que elas treinavam na PUC, mesmo local onde treina o feminino profissional. As atletas recebiam ajuda de custo de 300 a 800 reais e tinham direito a plano de saúde, odontológico, seguro de vida e demais benefícios.

A coordenadora da equipe feminina do Cruzeiro, Bárbara Fonseca, afirma que a medida é provisória, já que é impossível sustentar um projeto sem as categorias de base. A ideia é de que na temporada de 2021 as atividades sejam retomadas com uma melhor estrutura paras as jogadoras em formação.

“Não é segredo que o clube passa por problemas graves e todos os setores passam por cortes. O nosso setor precisou se ajustar a realidade de reconstrução do clube. As despesas da base impactam sim no orçamento que o futebol feminino vai ter que trabalhar e eu tenho uma obrigação de mercado com a equipe principal. Estamos na primeira divisão e precisamos fazer essa equipe ficar lá, para que em 2021 a gente empodere o departamento como um todo e consiga voltar com a base de maneira mais estruturada para que as jogadoras tenham todo o suporte que uma atleta do Cruzeiro mereça”.

Quanto às jogadoras que estavam no departamento médico, Bárbara informa que elas tiveram o contrato renovado até o fim deste ano e que o clube garante todo o acompanhamento até que elas possam voltar a jogar.

A gestora não informou qual o orçamento anual da equipe, mas garantiu que devido ao fato de estar disputando a série A1, o valor aumentou em relação ao último ano. No Cruzeiro, a maior parte das atletas vive em um alojamento custeado pelo clube, próximo a PUC. Para a temporada de 2020 foram contratadas nove atletas e as onze titulares da final do último mineiro foram mantidas. Além delas, a atacante Letícia Oliveira, que era do sub 18 passou a integrar o elenco principal.

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