FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
A novela envolvendo Cruzeiro, Orejuela e Grêmio parece estar longe do fim. Depois da negociação para permanência do colombiano no Rio Grande do Sul não ter avançado por desistência da Raposa, que entendeu não ser um acordo econômico vantajoso para o clube, tanto Grêmio quanto o staff do atleta criticaram bastante a atitude da direção celeste. O jornalista João Batista Filho, da Band-RS, no programa “Os Donos da Bola”, repassado também na Band Minas, trouxe a informação de que o Grêmio estuda entrar com uma ação contra o Cruzeiro por “quebra de boa-fé”.
Informação que descobri com uma pessoa extremamente importante do Grêmio. A atual direção do Cruzeiro deixou uma péssima impressão por esse negócio do Orejuela. O Grêmio mandou o seu jurídico reunir toda documentação que tem da negociação de compra do jogador e estuda entrar com uma ação contra o Cruzeiro por quebra de boa-fé. Principalmente se o Cruzeiro acabar vendendo o Orejuela por um valor diferente que havia sido negociado entre Cruzeiro e Grêmio. Tínhamos um valor a pagar, mas com muito tempo de antecedência chamamos o Cruzeiro para conversar, renegociamos os valores e faltando duas horas para encerrar o registro da CBF, disseram que não queriam mais o negócio e pediram R$ 22 milhões pelo jogador, disse.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Sérgio Santos Rodrigues minimizou o caso, descartando qualquer polêmica. O dirigente afirmou que apenas não concordou com o desconto que seria oferecido ao Grêmio em relação ao valor de compra que já estava fixado no contrato de empréstimo, feito em janeiro de 2020.
Simplesmente o Grêmio tinha que exercer (direito de compra). Eu fiz um acordo com eles. Se eles me dessem a carta (de interesse de compra) antes e a gente conseguisse antecipar (o pagamento com alguma instituição bancária) eu daria um desconto. A gente não conseguiu antecipar. Chegou no momento, eles queriam esse desconto. A gente falou que não concordava. Se eles fossem exercer o valor integral… Acabou que eles optaram por não fazer”, disse.
Grêmio e Cruzeiro buscavam uma forma de costurar um acordo pelo lateral envolvendo um desconto em relação ao valor que deveria ser pago de 3,5 milhões de euros. Os gaúchos deveriam ter quitado, até o fim de dezembro do ano passado, aproximadamente R$ 21,3 milhões na cotação atual dividido em oito parcelas trimestrais até o fim de 2022. Em dezembro, os clubes iniciaram conversas para tratar novas condições de pagamento. Após negociações, ficou combinado que haveria um desconto, com o Grêmio pagando R$ 17 milhões em menos parcelas. O Cruzeiro sinalizou positivamente, mas dependeria de conseguir o adiantamento do valor com uma instituição bancária, o que acabou não ocorrendo e, consequentemente, desfazendo o acordo.