HORA DE BUSCAR ALGO DIFERENTE PELO MILAGRE, AB!

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Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Por incrível que possa parecer, o Cruzeiro conseguiu chegar na última rodada do Brasileiro com chances de escapar de uma queda inédita, mesmo tendo somado apenas 7 vitórias (superior apenas a Avaí e Chapecoense) e feito mais jogos (37) do que pontos (36). A campanha é um desastre, todos os motivos já foram apontados e o que precisamos nesse momento é de um fato novo. Por isso, é hora de buscar algo diferente pelo milagre, Adílson. Não sei vocês, mas não confio no nosso ataque para superar o Palmeiras. Razões não faltam.

São oito jogos sem vitória, com 4 empates e 4 derrotas seguidas. Apenas dois gols marcados. Nesse período, a formação ofensiva variou entre Marquinhos Gabriel, Thiago Neves (afastado), David, Sassá, Fred, Pedro Rocha, Robinho (2 jogos) e Ezequiel, geralmente no segundo tempo (entrou apenas uma vez como titular). Os números mostram que, efetivamente, esperar algo diferente com esse grupo é perda de tempo. É curioso que olhando apenas nomes, são em sua maioria jogadores interessantes, mas na prática a realidade é outra.

David e Marquinhos Gabriel com 33 e 27 jogos, respectivamente, ainda não marcaram gols no Brasileiro. Ambos atuaram em praticamente todos os jogos do time e, juntos, deram apenas quatro assistências. Fred, o artilheiro, marcou apenas duas vezes com bola rolando, as outras 3 foram de pênalti. Não sabe o que é ir as redes sem uma penalidade máxima desde a 16ª rodada contra o CSA. Pedro Rocha e Sassá com 22 e 23 jogos, marcaram apenas 5 gols, além de 2 assistências. Robinho, lesionado, desfalcará a equipe e Ezequiel até aqui não mostrou a que veio. Muita correria e poucas jogadas contundentes. Nenhum gol ou assistência em 13 jogos.

Venho falando há muito tempo que está na hora de apostar na base. Não que os garotos nesse momento sejam solução pra algo ou que isso irá resolver nosso problema, mas qual a garantia de que esses atletas citados acima darão a resposta que precisamos no jogo derradeiro? Basta observar o meio campo e a defesa. Fabrício Bruno, Cacá e Ederson, garotos que estavam na base, são os que mais deram retorno técnico dentro de campo, ainda que o último tenha caído de desempenho, segue atuando melhor do que Cabral e Henrique nos últimos dois jogos. Temos na base garotos como Adriano (volante), Rafael Santos (lateral esquerdo), Maurício (meia), Caio Rosa (ponta) e Vinicius Popó (centroavante). Arrisque, Adílson. Com a maioria dos medalhões ausente e coadjuvantes que não resolvem, tente a última cartada. Saia da mesmice adotada pelos que te antecederam.

#MeDibre

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