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Cruzeiro

Indiciado pela Polícia, Wagner Pires de Sá mantinha mais de R$5 milhões em espécie em casa

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FOTO: REPRODUÇÃO / SITE OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

O ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, é um dos ex-dirigentes do Cruzeiro que foram investigados e indiciados pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais. O ex-mandatário do clube foi presidente durante os anos 2018 e 2019, mas começou a dar as cartas logo após sua vitória na eleição de 2017, quando rompeu com Gilvan de Pinho Tavares e deu plenos poderes ao seu homem de confiança, Itair Machado.

Após a renúncia no fim de 2018, Wagner Pires de Sá, além das investigações realizadas pelos órgãos públicos, foi também investigado pela Kroll, que apontou, entre outros problemas da gestão, o uso desmedido do cartões corporativos do clube, numa série de reportagens que trouxemos aqui como a “farra dos cartões”. Wagner utilizou cartões do clube para poder pagar viagens particulares, compras de bens próprios e até casas de entretenimento adulto. Wagner também foi o responsável por repassar a marca do Instituto 5 Estrelas a sua companheira, Fernanda São José. 

Na sexta-feira do dia 14 de agosto, a justiça determinou a varredura e o bloqueio de valores dos ex-dirigentes do Cruzeiro, entre eles Wagner Pires de Sá, no valor de R$6.821.243,06. Mas nem mesmo a justiça conseguiu encontrar qualquer valor: nove contas em nome do ex-presidente foram vasculhadas e nenhum dinheiro foi achado e consequentemente bloqueado. 

O não cumprimento da ordem de bloqueio de valores chama ainda mais atenção a partir do momento em que documentos obtidos por nossa reportagem, mostram que Wagner Pires de Sá mantinha mais de R$5 milhões em espécie consigo. Inclusive, é possível ver os valores na declaração de imposto de renda referente ao exercício do ano de 2019. Wagner declarou a quantia descrita como “Dinheiro em espécie em meu poder” no valor de R$5.200.000,00.

Ainda que esse dinheiro não seja necessariamente fruto de algum desvio ou irregularidade, é importante ressaltar que a ordem judicial poderia, sim, atingir ao montante e corresponderia de forma parcial ao valor pleiteado pelo Cruzeiro no processo que cobra ressarcimento do ex-presidente e também de seu ex-vice-presidente Itair Machado, junto da empresa Futgestão – que também não tiveram nenhum valor identificado e bloqueado pela justiça.

Nossa reportagem tentou contato com Wagner Pires de Sá, mas não obteve sucesso. O espaço para esclarecimentos ou qualquer posicionamento segue aberto.