FOTO: REPRODUÇÃO / CRUZEIRO E.C.
O inquérito realizado pela Polícia Civil de Minas Gerais que acabou por indiciar três ex-dirigentes do Cruzeiro e quatro empresários vem ganhando novos capítulos com os esclarecimentos de informações apuradas. O portal globoesporte.com trouxe novas informações a respeito da participação do ex-vice-presidente de futebol, Itair Machado, nos possíveis crimes cometidos.
De acordo com o inquérito, Itair Machado teria desviado dinheiro do Cruzeiro com a finalidade de pagar dívidas pessoais. Uma delas, no valor de R$700 mil, ao ex-técnico do Cruzeiro Marcelo Oliveira. Itair teria pago a Marcelo Oliveira, através do empresário Carlinhos Sabiá (um dos empresários indiciados), a quantia devida pelos serviços prestados pelo técnico na época em que esteve no comando do Ipatinga, em 2009 – clube que Itair presidia na época.
O valor teria sido desviado após Carlinho Sabiá ter sido colocado como intermediário na venda do lateral Mayke ao Palmeiras. Com isso, o empresário, que recebeu R$800 mil reais, teria repassado parte desse dinheiro diretamente ao técnico. Marcelo Oliveira, em depoimento à polícia, confirmou o recebimento do valor e disse que o pagamento foi devidamente feito por Carlinhos Sabiá.
Outro caso semelhante envolvendo Itair e Carlinhos é a contratação do volante Bruno Silva. O empresário intermediou a contratação do jogador e recebeu um valor considerado “acima do valor de mercado” como explicado pelos próprios delegados na entrevista coletiva realizada no dia 11 de agosto.
A cobertura de R$6 milhões
Ainda de acordo com o inquérito, a cobertura de luxo comprada pelo ex-vice-presidente de futebol, no valor de R$6 milhões, estaria no esquema que envolvia o desvio de dinheiro do clube. O empresário Cristiano Richard – conhecido por ter emprestado dinheiro ao clube e ter recebido como garantia o percentual de vários jogadores, entre eles o menino Estevão Willian, que na época tinha 11 anos – teria pago o valor de R$3,7 milhões no apartamento do ex-dirigente.
Na coletiva já citada, realizada pela Polícia Civil, o delegado e chefe das investigações citou o pagamento do imóvel por parte do empresário e um suposto contrato que, segundo ele “sequer possui data de pagamento ao ex-dirigente e garantias. O empresário, então, seria beneficiado com os direitos federativos dos jogadores.