É sabido que esse time não está levando o Brasileiro a sério. A realidade é que depois de uma classificação gigante na última quarta e a possibilidade de avançar na Libertadores daqui a pouco mais de uma semana, não há concentração ou foco que faça o Cruzeiro despender forças para lutar por “algo a mais” no Brasileirão. Com titulares ou reservas em campo.
A torcida tem todo o direito de estar nervosa e questionar o rendimento. É pífio. Dos últimos 15 pontos, apenas dois foram conquistados. Se não fosse a caminhada nas duas Copas, o cenário seria de total pandemônio. Vale lembrar que em 2011 – o ano mais trágico da atual década de glórias – o Cruzeiro virou o turno com 27 pontos, em 7° lugar. Hoje é o 8° com 26 conquistados.
Rafinha é uma das peças que não esteve bem. Precisa voltar! (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)
Analisar o quadro como um todo é necessário: escolhas foram feitas institucionalmente e cabe ao próprio clube arcar com essas consequências. Focar nas Copas é percorrer um caminho rápido pras glórias, mas que não te permite errar. Ao menos não tanto quanto no Brasileirão – que ainda não é cenário arrasado! O ideal seria não se distanciar tanto do G6, para que haja sobrevida no ano em caso de tragédia. O cruzeirense sabe, na pele, o quão traumático uma eliminação pode ser e o exemplo de 2011 já foi supracitado.
O que me preocupa, mais que o empate em 1 a 1 do jogo contra o Bahia, nesta tarde de domingo, é o futebol analisando individualmente peças que precisam render mais para que o planejamento seja alcançado com sucesso. David, Mancuello, Barcos e até mesmo Rafinha, hoje, foram abaixo da crítica. E esses correspondem a peças cruciais no decorrer do ano. É com esse elenco de custo alto que se acreditou que teríamos boas peças que brigariam pela titularidade e/ou ao menos um bom time reserva – e até agora estamos sem ambos.
É hora de reagir. Não só no Brasileiro, mas também uma reação pessoal, individual, que faça jus ao que se espera e pode, de fato, render.
Foto de capa: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.