FOTO: BRUNO HADDAD / CRUZEIRO E.C.
No fim de junho o Cruzeiro anunciou a chegada do novo diretor de futebol, Rodrigo Pastana, que substituiu André Mazzuco, acertado com o Santos. Com a iminência de ser punido pela FIFA com o transfer-ban devido ao não pagamento de aproximadamente R$ 13 milhões pela compra dos direitos econômicos do atacante Riascos (R$ 6 milhões ao Mazatlán, antigo Monarcas Morélia, do México) e do meia Arrascaeta(R$ 7 milhões ao Defensor, do Uruguai), o executivo agiu rápido no mercado e anunciou a contratação de sete jogadores.
No período entre o fim de junho e o início de julho, chegaram os zagueiros Rhodolfo e Léo Santos, os laterais Norberto e Jean Victor e os atacantes Wellington Nem, Keké e Dudu, o último sequer foi anunciado pelo clube e apenas registrado no BID. Após quase três meses da chegada desses nomes, o time não apresentou melhora significativa na tabela de classificação.
O clube ocupava a 13ª colocação na 8ª rodada que marcou a estreia dos contratados. Dezoito rodadas depois, apenas Wellington Nem se tornou uma peça importante na equipe de Luxemburgo e o time figura em 14ª, com 31 pontos. Constantes ausências por problemas físicos e baixo rendimento técnico marcaram a participação das outras novidades no elenco.
Norberto, Jean Victor e Léo Santos foram os primeiros a estrear, na partida contra o Guarani, pela 8ª rodada, ainda sob o comando do ex-técnico Mozart, que comandou a Raposa durante 13 rodadas. Norberto teve uma sequência de 12 jogos pelo time até sofrer uma lesão muscular na parte posterior da coxa direita durante o jogo contra o Confiança, pela 20ª rodada. Desde então não entra em campo, somando pouco mais de um mês de ausência. Não marcou gols nem deu assistências. Viveu altos e baixos durante os jogos e não conseguiu se firmar como titular absoluto.
Jean Victor voltou a figurar entre os relacionados na derrota para o CSA, no último domingo, após desfalcar o time por oito partidas. O lateral não entra em campo desde o empate contra o Sampaio Corrêa, pela 18ª rodada, devido a um desgaste muscular. Em nove jogos pelo Cruzeiro, não marcou gol nem deu assistências. O caso mais emblemático é do zagueiro Léo Santos. Contratado junto ao Ituano, estreou fazendo gol no empate diante do Guarani, no Mineirão, fez quatro jogos em sequência e perdeu espaço. Depois de atuar contra o Avaí, na 12ª rodada, entrou em campo contra o Londrina (15ª) e só voltou a atuar contra o CSA, no último domingo, 11 jogos depois. A preferência de Luxemburgo pela dupla Ramon e Eduardo Brock reduziram a minutagem do zagueiro, que não apresentou um rendimento ruim nos jogos que disputou.
O experiente zagueiro Rhodolfo, de 35 anos, foi contratado com a obrigação de ajustar o problema crônico sofrido pela defesa da Raposa, até então a pior do campeonato. Contudo, o histórico de lesões e o longo tempo de inatividade levantavam dúvidas sobre sua sequência na Série B. Estreou no empate por 3 a 3 contra o Botafogo na 11ª rodada e fez quatro jogos na sequência até ter detectado um edema na panturrilha após o empate em 0 a 0 contra o Vila Nova-GO, na 14ª rodada, seu último jogo pelo clube. Voltou a ser relacionado contra Vitória (17ª rodada) e Confiança (20ª rodada) e, por desgaste muscular, novamente se ausentou. Retornou ao banco de reservas contra Vasco e CSA, mas não foi utilizado por Luxemburgo. Fez até o momento quatro jogos pelo Cruzeiro.
Wellington Nem: de desconfiança a peça fundamental do time
Wellington Nem se firmou como uma contratação que realmente trouxe benefícios ao time. Apesar da desconfiança do longo tempo de inatividade e apenas dois jogos feitos durante 2020 e 2021, o atacante entrou com personalidade na equipe e virou peça fundamental de Luxemburgo. Foram 15 jogos disputados e duas assistências. Porém, é ausência desde o confronto contra o Vasco, na penúltima rodada, devido a uma lesão muscular na coxa direita.
Contratado sem anúncio oficial, Dudu foi registrado no BID após disputar o Campeonato Paulista A3 pelo Primavera e foi classificado pela diretoria como “uma oportunidade de mercado” e não haviam planos para ser utilizado na atual temporada. Contudo, ganhou sua primeira oportunidade ainda com o ex-técnico Mozart, na derrota diante do Remo. Com Luxemburgo, atuou mais cinco vezes, sem nunca conseguir mostrar os motivos que fizeram o clube apostar no seu futebol. Contra o CSA ficou apenas no banco. Em seis jogos não marcou gols nem deu assistência.
Por fim, Keké terá a oportunidade de mostrar que foi uma contratação acertada nessa reta final. O atacante não entra em campo desde 29 de maio, quando participou do empate do Tombense com o Paysandu (1 a 1), em Tombos , pela primeira rodada do Grupo A da Série C. Antes disso, marcou seis gols em 10 partidas no Campeonato Mineiro. Passou por uma cirurgia no pé direito e foi tratado nas dependências do clube. Foi relacionado pela primeira vez para o confronto contra o Guarani, na próxima quarta-feira, em Campinas.