Próximo do Cruzeiro, diretor de futebol coleciona polêmicas na carreira

Compartilhe

FOTO: REPRODUÇÃO/ ASCOM/ CSA

Após a negativa de Alexandre Mattos, o Cruzeiro segue na busca por um diretor de futebol. O jornal O Dia trouxe a informação de que Rodrigo Pastana, atualmente no CSA, negocia com a Raposa para ser o novo executivo da pasta. Aos 44 anos, Pastana tem uma longa experiência em equipes com menos tradição no futebol Brasileiro. Passou por Grêmio Barueri, Cascavel, Goiás, Criciúma, Figueirense, Bahia, ABC, Ceará, Guarani, Paraná, Coritiba e CSA-AL.

Acessos e polêmicas

Conseguiu ao longo da carreira 7 acessos (dois da Série C para a Série B e cinco da B para a A) e também fracassos. Em 2015 se envolveu em polêmicas quando trabalhava no ABC. Contratado com a missão de montar um elenco para brigar pelo acesso para Série A deixou o clube perto da zona de rebaixamento, o que gerou protesto dos torcedores exigindo sua saída (confira matéria completa clicando aqui). Sua demissão não evitou o rebaixamento no fim da temporada.

Mesmo com os acessos, Rodrigo Pastana não dura muito tempo nos clubes por onde passa. O Coritiba foi apenas o segundo trabalho que durou mais de um ano (1 ano e 9 meses). Ficou o mesmo período no Criciúma entre 2012 e 2013 e 11 meses no Figueirense – onde também saiu deixando polêmicas (confira aqui). Seu tempo médio nos clubes é de seis meses, sendo no Bahia o mais curto (apenas três meses).

O caso mais “polêmico” de sua carreira ocorreu no Grêmio Barueri. Pastana foi acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público de São Paulo por supostamente usar verba pública de maneira irregular. Oito anos depois, quando trabalhava no Bahia, o dirigente afirmou que “o processo de improbidade se deu por um erro jurídico da prefeitura de Barueri”. O caso segue na justiça.

No Figueirense, também conviveu com problemas de relacionamento com jogadores da época. O volante Marcos Assunção que atuou pelo clube catarinense naquele ano disparou contra ele em rede social (confira clicando aqui). Pastana teve duas experiência na Série A do Brasileiro. No Paraná em 2018 após o acesso do ano anterior. Entretanto, seu trabalho não rendeu frutos. Foram 34 contratações e a 4ª pior campanha da história do Brasileirão dos pontos corridos. Apenas quatro vitórias, com o rebaixamento consolidado na 32ª rodada e apenas 20% de aproveitamento.

Em 2020, o dirigente voltou a elite do futebol nacional comandando o futebol do Coritiba. Foi demitido em agosto junto com o técnico Eduardo Barroca após seis derrotas seguidas da equipe. Além da péssima campanha que culminou no rebaixamento ao fim do Brasileiro, o Coxa também caiu diante do Manaus logo na primeira fase da Copa do Brasil e perdeu para o maior rival, o Athletico, na decisão do Campeonato Paranaense.

Outra polêmica que o diretor se envolveu pelo Coritiba foi quando justificou a não contratação do meia Jadson alegando que o mesmo não tinha “o mesmo interesse de antes” para performar nos treinos. A declaração rendeu uma nota de repúdio no site oficial do Corinthians, clube que o meia defendia na época, você pode conferir clicando aqui.

Foi contratado um mês depois para o comando de futebol do CSA-AL, então na Série B do Brasileiro. Demitido no mesmo período, o técnico Argel – que trabalhou com Pastana no Figueirense e Coritiba – chamou o dirigente de “esquemeiro” em áudio vazado ao presidente do clube alagoano.

Boa tarde, presidente Rafael, tudo bem? Queria agradecer o senhor por ter me mandado embora, porque eu trabalhar com esse vagabundo do Pastana… Esse cara é o maior pilantra que tem no meio do futebol, é o maior sem vergonha que tem. Tive um problema muito sério com esse rapaz lá em Curitiba, e eu gosto muito do senhor. Cuidado com seu bolso, cuidado com o seu bolso porque esse cara é ladrão, é sem vergonha, é esquemeiro. Toma dinheiro de empresário, toma dinheiro de jogador… O senhor contratou uma raposa para tomar conta das galinhas. Então o senhor abra o olho. Se eu soubesse que ele era o diretor, o senhor nem precisava ter me mandado embora que eu mesmo ia pegar e ia embora. Só quero fazer um acerto justo, mas nada e vida que segue. O senhor contratou um grande vagabundo, o maior pilantra que tá no meio do futebol, esse tal de Rodrigo Pastana, que o senhor contratou – falou Argel.

Após a declaração do técnico, Pastana prometeu que iria processar Argel Fucks. O CSA acabou a Série B de 2020 na 5ª posição, fora da zona de classificação para divisão de elite. Curiosamente, a contratação do meia Marcinho, que deve rescindir com o Cruzeiro para assinar com o CSA-AL, está sendo conduzida por Pastana. A chegada do diretor acontece após a saída de André Mazzuco para o Santos.

Compartilhe