FOTO: IVAN STORTI / SANTOS F.C.
Na tarde desta terça-feira saiu no Uol Esporte que o Santos colocou o meia Cueva e o volante Jobson na lista de negociáveis. Deixando de lado o nome do peruano, vamos nos ater ao segundo nome citado. Trata-se de um jogador que se destacou no Paulista jogando pelo Red Bull. Jobson tem 23 anos, 1.85 e nota-se pela boa saída de jogo, chegando bem a frente e servindo de suporte aos meias. Resumindo: Faz aquilo que, no momento, nosso elenco mais carece após saídas de Lucas Silva e Romero. Apenas Henrique e Ariel Cabral são insuficientes, Jadson não empolgou e Ederson e Adriano ainda são inexperientes.
Jobson foi revelado pelo Palmeiras em 2015, mas acabou não sendo aproveitado. Logo depois, foi emprestado para o Náutico, onde atuou em 32 jogos e marcou 3 gols. Também tem passagens por Santo André e Nacional. Em 2018, acertou sua transferência ao Red Bull e foi destaque no Paulistão deste ano, jogando em 11 oportunidades e marcando 2 gols. Chamou a atenção de várias equipes, incluindo o rival de Minas. Fechou com o Santos. Chegou no início de abril por R$ 4 milhões num contrato de quatro temporadas. Fez apenas uma partida até então, podendo se transferir por não ter atingido o limite de 7 jogos no Brasileiro. A falta de espaço com o técnico Jorge Sampaoli foi explicada pelo próprio em junho:
Foto: Reprodução/Globo Esporte
“Chegou há pouco tempo, vindo de uma equipe do Campeonato Paulista, e outros têm mais trabalho de (tática de) jogo. É bom jogador, tem uma boa saída de jogo e bom passe, mas para entender o jogo ainda leva um tempo. Chegou há pouco tempo. O entendimento vem com o tempo”.
Dados de desempenho do atleta no Paulista’19 (11 jogos)
Mapa de desarmes. Fonte: Footstats.
Eleito melhor volante do campeonato paulista pelo Footstats, é um segundo volante que também consegue exercer a função de primeiro, é bastante combativo no meio e somou 30 desarmes (2º geral entre volantes) e 6 interceptações (3º geral entre volantes). É possível notar na imagem ao lado o seu mapa de desarmes, o que demonstra sua mobilidade, pois possui roubadas de bola em várias posições do gramado, sinalizando ser um jogador de constante movimentação. Possui uma saída de bola considerada boa, o que notamos pelos seus números gerais.
São 527 passes com um índice de acerto de 93,4% (3° geral entre volantes), além de 16 lançamentos certos (3° geral entre volantes) um fundamento que pelo estilo do seu ex-clube não era totalmente estimulado a realizar, mas que também demonstra aptidão caso necessário. Foi o 1° volante do campeonato com mais acerto nas viradas de bola, com 11 certas e aproveitamento de 91,7%. No ataque, teve 19 finalizações (6 certas, 13 erradas), sendo o 2° volante no quesito. Não é sua principal característica, mas marcou duas vezes. No esquema de jogo do técnico Mano Menezes (caso ele siga no comando) pode ser um volante com mais combatividade – algo que está em falta – ao lado do Cabral ou até mesmo o cara da saída e suporte junto com Henrique.
A intenção ao escrever esse texto é mostrar que com criatividade e atenção no mercado é possível reforçar a equipe mesmo com pouco – ou nenhum – dinheiro. Não estou aqui falando que estamos diante de um craque ou novo Pirlo, mas se falta verba, é necessário buscar negócios alternativos. A tentativa de um empréstimo com passe fixado no valor que o clube paulista pagou por ele mais a responsabilidade de arcar com seus vencimentos até o fim do vínculo contratual me parece plausível.
E aí, Diretoria. Bora trabalhar?
#MeDibre