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Jogadores da base do Cruzeiro estão em risco de saída por conta de brecha nos contratos

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.

Ainda vivendo a recente repercussão da saída do jovem Estevão William, de apenas 14 anos, o Cruzeiro precisará de atenção para lidar com outros atletas da sua base e não sofrer mais baixas. Isso tudo por conta de contratos feitos na gestão do ex-presidente Wagner Pires de Sá e seu diretor das categorias de base, Amarildo Ribeiro, que podem deixar livres atletas relevantes na Toca da Raposa I. Esse assunto já foi abordado aqui no portal Deus me Dibre em outros momentos e você pode conferir clicando aqui.

Além dos problemas de atrasos salariais e a dificuldade no pagamento do auxílio moradia, alguns jogadores das categorias sub-20 podem deixar o clube em breve, caso não tenham suas situações contratuais devidamente regularizadas. O motivo se deve pelo tempo de contrato que alguns jogadores assinaram com o Cruzeiro, ainda antes de completarem a maioridade. De acordo com o regulamento da FIFA, “jogadores com menos de 18 anos de idade não poderão assinar um contrato profissional por um período maior do que três anos. Qualquer cláusula que se refira a um período maior não deve ser reconhecida.”

A regra se aplicaria, atualmente, em oito atletas das categorias de base: o goleiro Rodrigo Bazílio, os zagueiros Alysson e Cesinha, os laterais Kaiki e Danilo, o volante Ageu, o meia Vitinho (emprestado ao Palmeiras) e o atacante Stênio. Em todos os casos citados, os atletas assinaram contratos com duração acima dos três anos reconhecidos pela entidade máxima do futebol quando ainda eram menores de idade.

O caso mais urgente a se resolver é do volante Ageu, atualmente com 19 anos. A brecha que permite que o atleta deixe o clube sem qualquer compensação passa a ser válida em agosto deste ano. Segundo apuração, a situação do volante já é sondada por clubes da elite do futebol brasileiro. O São Paulo, por exemplo, chegou a demonstrar interesse no volante em 2020, quando pediu prioridade na compra do jogador para negociar o empréstimo do meia Everton Felipe.

Casos resolvidos

Um dos destaques do time titular da Raposa, o zagueiro Weverton também fazia parte da lista dos jogadores que poderiam deixar o time sem compensação por conta do regulamento. Mas o Cruzeiro realizou, no mês de abril, o reajuste do contrato, ampliando o vínculo do atleta até o fim de 2024.

Outro atleta que teve sua situação resolvida, mas dessa vez através de uma negociação com outro clube, foi o atacante Alejandro. Destaque da base, com passagens pela seleção mexicana sub-20 por conta da dupla cidadania, Alejandro foi vendido ao Dallas FC dos Estados Unidos – a transferência não envolveu compensação financeira, mas o Cruzeiro manteve uma porcentagem dos direitos econômicos do atleta.

Cruzeiro não se manifesta

A reportagem entrou em contato com o clube, buscando um posicionamento sobre a situação contratual dos atletas citados e também sobre uma possível retificação, como foi o caso do zagueiro Weverton. Mas o clube disse, através de sua assessoria, que não iria se manifestar sobre o assunto.