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Reflexo da gestão Wagner Pires de Sá, Itair Machado e Amarildo Ribeiro, o descaso com os vencimentos e salários de funcionários e jogadores continuam a assombrar o Cruzeiro. Através de uma denúncia apurada pela equipe do DMD, ficamos sabendo que alguns atletas da base do Cruzeiro, que tenham contrato de trabalho, estão sem receber o FGTS. A falta de pagamento está prestes a completar os 3 meses, além do atraso de salários já conhecido.
De acordo com a lei trabalhista, passados 3 meses sem receber o dinheiro do FGTS, o atleta pode acionar a justiça e pedir a rescisão indireta do contrato de trabalho. Com isso, o Cruzeiro poderá perder jovens valores da sua categoria de base de graça e criar mais passivos trabalhistas, complicando ainda mais a situação do clube que precisa passar por um momento de reestruturação.
Em contato com Ronaldo Granta, responsável pela base desde o dia 12 de dezembro, foi dito pelo 2º vice-presidente: “minha única ação na base foi a demissão dele (Amarildo Ribeiro) que inclusive não foi bem aceita pelo presidente (Wagner Pires de Sá). A respeito dessa situação de atraso com o pagamento dos atletas, não estou sabendo”.
Granata é atualmente alvo da torcida que cobra a renúncia de toda a diretoria. Granata ressaltou que por parte dele não terá mesmo pedido de renúncia e que vai esperar a decisão da assembleia que será convocada por José Dalai Rocha, presidente do conselho deliberativo.
Diversos funcionários e colaboradores do Cruzeiro estão há meses sem receber seus salários e demais vencimentos, conforme já havia sido reportado aqui (clique aqui). Por uma questão de proteção, os mesmos pedem para não serem identificados. O caso dos jogadores sem receber e agora podendo rescindir com o clube e ficando livre para fechar de graças com outros, vai além da perda técnica, perdendo o clube também um dinheiro que poderia ser fator fundamental no frágil momento financeiro do Cruzeiro.