FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR / CRUZEIRO
O Cruzeiro segue em sua busca de organizar as finanças para realizar o pagamentos de suas dívidas através do mecanismo de Recuperação Judicial. Em decisão da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, o clube teve o prazo de suspensão das execuções e bloqueios estendidos em 180 dias e negou o pedido de falência solicitado por credores.
A decisão da juíza Cláudia Helena Batista foi publicada na tarde desta quinta-feira (9) e foi informada em primeira mão pelo portal GE.com. A sentença é importante para que o clube continue buscando o acordo com os credores para a aprovação do plano de pagamento proposto na Recuperação Judicial. Na decisão, a magistrada acatou ao pedido da associação e entendeu que o prazo é necessário para resguardar o princípio de preservação da empresa.
Também é possível conferir na sentença que a juíza nega o pedido de falência, que faria com que a associação colocassem todo seu patrimônio em leilão e no encerramento total das atividades da associação – hipótese que, conforme apurado com advogados da área, priorizaria poucos credores no pagamento das dívidas.
A sentença ainda pede que o Cruzeiro apresente documentos que estão faltando e uma nova relação dos planos de credores, com prazo até o dia 27 de março deste ano.
Vale ressaltar que o Cruzeiro entrou com o pedido de Recuperação Judicial da associação no meio do ano de 2022 e logo que o processo se iniciou, foi também aprovado pela justiça do estado de Minas Gerais. O caminho indicava uma resolução sem problemas, mas por duas vezes foi suspensa em decisão judicial.
O clube ainda aguarda uma nova data para que seja realizada a assembleia geral de credores, de modo que o plano, devidamente apresentado, possa ser aprovado. O valor da causa está atualmente estipulado em R$537 milhões.
Em dezembro de 2022, nossa reportagem conversou com representantes da empresa Alvarez & Marsal, responsáveis por conduzir todo o processo. Você pode conferir os detalhes da entrevista clicando aqui.