
No segundo dia de Copa do Mundo, pelo Grupo A, o Uruguai estreou contra o Egito e o camisa 10 da Celeste e do Cruzeiro começou como titular. Escalado pela esquerda em um meio com Nandez, Vecino e Bentancur, Arrascaeta era responsável por fechar o espaço do seu setor sem a bola e, com ela, flutuava para o meio buscando encostar em Suárez e Cavani. Jogou por 59 minutos e teve uma atuação discreta.

Escalação do Uruguai. Foto: Twitter/ Seleção Uruguaia.
A ideia de jogo do Uruguai com a nova geração de meio campistas mais técnicos passa pela troca de passes curtos, com a flutuação de Arrascaeta por dentro e a mobilidade de Cavani e Suárez para se associarem com ele. A forte marcação egípcia forçava os uruguaios a lançamentos longos, facilmente destruídos pelos zagueiros Ahmed Hegazy e Ali Gabr.

Arrascaetava buscava flutuar por dentro para conduzir a bola em direção ao gol. Foto: Sportv
O treinador egípcio, Hector Cuper, montou sua equipe com uma mentalidade defensiva e extremamente organizada. Com duas linhas compactas muito próximas, não foi fácil para os meias uruguaios progredirem no campo. Pela esquerda, Arrascaetava buscava se movimentar, abrir linhas de passe ora pelo lado, ora por dentro, sem sucesso. Martín Cáceres, um defensor com pouca qualidade ofensiva não conseguia agregar em suas subidas ao ataque e os atacantes Suárez e Cavani estavam bem marcados. Defensivamente, o camisa 10 fechava o lado esquerdo do campo.

Sem bola, Arrascaeta era responsável por fechar o lado esquerdo. Em alguns momentos, este lado ficou exposto com a lentidão do meia em retornar. Foto: Sportv
Arrascaeta acertou 22 passes, com um aproveitamento de 91%, mas nenhum foi vertical (passe de ruptura, que quebra linhas) e gerou situação de risco aos egípcios. Fisicamente, resistiu bem a forte marcação vencendo 5 de 9 duelos. Conseguiu realizar dois desarmes e acertou um lançamento. Foi desarmado em duas oportunidades. Em termos individuais, não conseguiu fazer a diferença para sua seleção.
Como nota-se na imagem abaixo, com a bola faltavam opções a frente da linha da bola para o meia associar-se. A forte marcação do adversário, sempre pressionando o setor da bola, desfavorecia o jogo técnico do meia e dos seus companheiros. A falta de um lateral ofensivo para gerar profundidade também foi um problema.

Foto: Sportv
Arrascaeta foi substituído aos 59 minutos para entrada do Cristian Rodríguez. O meia não se omitiu, tentou buscar jogo, mas o comportamento defensivo do Egito foi exemplar. Aos 44 do segundo tempo, o Uruguai conseguiu a vitória com gol de Giménez, na bola parada.

Números finais de Giorgian de Arrascaeta no jogo.
Esse foi o primeiro texto sobre o Arrascaeta na Rússia. Sempre que ele estiver em campo, acompanhe no Deus me Dibre seus passos na série “La Banda na Copa”. A ideia é monitorar o seu desempenho e informar ao cruzeirense como o único representante deste atual elenco está se saindo no Mundial.
Saudações celestes!
#MeDibre