Larcamón enaltece Cruzeiro, fala sobre estilo de jogo e desejo de ser protagonista: “Futebol que representa o Cruzeiro”

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Nicolás Larcamón foi oficialmente apresentado como o novo técnico do Cruzeiro nesta sexta-feira, na Toca da Raposa II. Em suas primeiras declarações, o treinador abordou o desafio que representa assumir o comando da equipe e compartilhou os motivos que o levaram a aceitar o convite para essa posição.

Durante a coletiva, Nicolás Larcamón esteve acompanhado pelo diretor executivo do Cruzeiro, Pedro Martins. Ao ser questionado sobre o estilo de jogo que pretende implementar, o técnico afirmou estar em busca de um futebol de protagonismo e caráter ofensivo.

“Pedro falava sobre a compatibilidade enquanto a proposta que o clube querem desenvolver e o estilo de jogo que me caracteriza é uma equipe dinamica, protagonista, ofensiva, com uma clara identidade coletiva que se alcança de ser um conjunto e principalmente com uma intenção de gerar boas emoções aos torcedores. Esse clube tem uma torcida importante, apaixonada, com uma história e tradição importante, então nosso compromisso está com as emoções que queremos despertar. Essa sinergia que queremos desenvolver com nossos torcedores, então principalmente um futebol que represente a identidade do Cruzeiro.”

Larcamón foi abordado sobre dois atletas que também estavam no México, caso do volante argentino Lucas Romero, que retorna ao clube e que trabalhou com o comandante no León, além do centroavante Juan Dinenno, que já está em Belo Horizonte e deve ser anunciado pela Raposa. O atleta passou quatro anos defendendo o Pumas:

“Lucas (Romero) e Juan (Dinenno) são jogadores que conheço, com Lucas trabalhei todo o ano. Com Juan o enfrento há três anos, conheço seu tipo de jogador e pessoa dentro do grupo, e principalmente do que podem entregar nos aspectos futebolístico. Muita energia, liderança, então creio que são o que podem oferecer nesse processo.”

Com um contrato vigente até o final de 2025, o argentino está diante de seu primeiro desafio no cenário do futebol brasileiro, enfrentando um calendário repleto de compromissos: Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. O treinador comentou sobre o número de jogos e como planeja lidar com essa particularidade do futebol brasileiro:

“É uma pergunta boa. Uma das chaves para êxito na temporada para os aspectos mais desafiadores em uma temporada no Brasil é uma estratégia de equilíbrio lógico. O importante é iniciar bem o processo desde o início gerando uma boa imagem e relação com a torcida nas primeiras competições. Também temos que entender que a parte mais exigente e relevante está há daqui uns meses. Essa busca de um equilibrio e estratégia inteligente para encarar o Estadual e chegar aos torneios mais importantes com muita consistência de rendimento, condição dos jogadores, principalmente equilibrar de forma inteligente.

Montagem do elenco

“A melhor versão competitiva de uma equipe se alcança com um bom trabalho interno, que nenhum jogador se sinta empoderado de que não tem com quem competir diariamente para ganhar seu lugar entre os onze. Então a busca é de um elenco com boa alternativa. As exigências do calendário vão demandar essas rotação, então creio que o objetivo principal é constituir um plantel que tenha boa competitividade interna, profundidade e variações. Estamos contentes e uma das principais razões de aceitar o clube foi uma boa comunhão entre a proposta e o perfil do projeto que tem o Cruzeiro. Há uma reconstrução, e que seguimos crescendo para devolver o Cruzeiro ao posto que merece e o projeto me identificou muito, essa boa capacidade de trabalho em conjunto.”

Aproveitamento dos jovens da base:

“Sou um técnico que em essência sou formador. Minha carreira muito antes do profissional tem a ver com anos no futebol de base, com o qual me identifico. Também entendo que o lugar não é só ganhar e ter a capacidade de não só participar, mas também se firmar. O objetivo é fazer com que os jovens sejam aproveitados e se consolidem como elementos de primeira equipe. O objetivo é dar lugar aos jovens, prepara-los e trabalhá-los para que estarem na equipe principal.”

Desempenho como mandante no Mineirão:

“Estou muito ciente da grandeza e tradição deste clube. Como parte dessa pressão que se sente em um clube como o Cruzeiro é um privilégio. Algo que é muito positivo, trabalhar nesses níveis de pressão e para frente. É algo que me compromete e tenho muita gana de ter sucesso como equipe, não é nada mais gratificante do que jogar em sua casa, com uma comunhão entre a equipe e a torcida. Vamos a trabalhar muito para alcançar essa fortaleza em nossa casa, para que respeitem muito nosso estádio. Para isso temos que trabalhar e ter essa atitude vencedora principalmente jogando em casa.”

Sistema de jogo:

“A estrutura de três, as vezes com um volante baixando para essa linha, é para fase com bola. Defensivamente, jogamos geralmente a partir do que o rival se propõe e que muitas vezes que os rivais joguem com três atacantes, e nos posicionamentos com uma linha de quatro defensores. Não é algo que modificaria ou substancialmente modificaria a estrutura que teve tão bom rendimento defensivo. Lucas é uma referência, um jogador que teve um grande ano e ele pode ter uma influencia em seus companheiros por ter me visto muitas vezes nesses primeiros dias. Confio que ele pode ser um elemento importante, sinto que teremos bons impactos quando chegamos nos clubes para gerar rápido uma organização que tenha identidade. É um dos principais objetivos em curto prazo.”

Perfil de jogadores:

“O perfil dos jogadores é muito funcional ao que quero desenvolver. Há posições que teremos que fortalecer e estamos trabalhando para encontrar os elementos que cheguem para nos potencializar. Há muitos jogadores que me dão perspectivas de ver com bons olhos as qualidades que o plantel possui para desenvolver minha proposta. Nesse sentido há uma sensação muito positiva.”

Trabalhar no Brasil:

“Uma enorme oportunidade, um privilégio. É uma honra estar iniciando um processo em um clube como esse, em um país que tem uma das melhores Ligas do mundo. São muitas coisas que fazem o desafio ser enorme. Sobre o calendário, não renego e tomo as coisas como são, se favorece ou não ao trabalho. Estive em Venezuela, Chile, México, com distância, altura, todos os lugares, na Venezuela com a crise socioeconômica e tinha que resolver como líder e treinador. Nesse caso será o grande desafio geográfico que é o Brasil, nós vamos resolver, se dedicando na estrutura de futebol, com Pedro, Paulo (Autuori) gente com uma experiência para me auxiliar do que é a Liga, as particularidades do Brasil, não será algo que nos limite. É igual para todos. É resolver e traçar a melhor estratégia para o plantel.

Retorno do Cruzeiro a Sul-Americana:

“Vai ser uma volta muito gratificante para nós como organização, a torcida, de ver o Cruzeiro no plano internacional. Para nós é um grande objetivo na temporada, fazer uma participação boa, competir até as fases decisivas. É um torneio exigente, terão equipes tanto do Brasil como Argentina, equipes grandes envolvidos, serão grandes confrontos. Quando chegar o momento estaremos com muita gana e ilusão de poder fazer uma participação boa, e depois se ilusionar com o mais grande.”

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