O empate em 0 a 0 do Cruzeiro contra o Tombense, no primeiro confronto da semifinal do Campeonato Mineiro, deixou tanto os torcedores quanto o técnico Nicolás Larcamón com uma mistura de sentimentos. Apesar do resultado não ser o esperado, a Raposa mantém a vantagem e irá decidir em casa. Larcamón ainda encontrou pontos positivos no duelo deste sábado e já pensa na próxima partida, no Mineirão.
Em uma coletiva após a partida, Larcamón abordou várias questões, desde a opção por deixar Dinenno no banco até as expulsões que marcaram o jogo. Sobre Dinenno, o técnico explicou que sua decisão foi baseada na preocupação com a fadiga muscular do jogador:
“Dinenno estava com fadiga muscular. Entendo que termos uma situação de lesão muscular com Dinenno seria muito ruim pra nós. Queremos um excelente fechamento de Mineiro, mas quero fazer um bom início de Brasileirão e Sul-Americana. Era preciso fazer uma mudança no time. E Rafa Elias vinha trabalhando bem. Não precisamos forçar e perder jogadores importantes.”
As expulsões de Zé Ivaldo e Marlon foram pontos cruciais da partida, mas Larcamón foi firme em sua postura, evitando entrar em polêmicas sobre a arbitragem. Em vez disso, focou na necessidade de melhorar a disciplina da equipe e manter o controle emocional em situações adversas.
“As expulsões são algo que a gente tem que melhorar imediatamente. Não pode acontecer o que aconteceu. Sei que vão falar do árbitro, mas eu não gosto. O mesmo árbitro que foi contra o Athletic… também duas expulsões. Não quero falar, porque tenho que trabalhar com meus jogadores. A gente tem que entender que o que vai acontecer podia colocar em risco todo o trabalho dos últimos dois meses. Cruzeiro tem que ter um excelente desempenho em diferentes aspectos e um dos principais é o emocional. Foi uma situação que não pode voltar a acontecer.”
No que diz respeito às opções táticas, Larcamón destacou a versatilidade de seus jogadores e a disposição da equipe em se adaptar a diferentes situações durante o jogo. A entrada de Cifuentes foi elogiada pelo técnico, mostrando que todos os jogadores estão comprometidos em contribuir para o sucesso da equipe.
Apesar do empate, Larcamón destacou o aspecto positivo de decidir a vaga para a final em casa, diante da torcida cruzeirense. Ele expressou confiança na capacidade da equipe em ser protagonista e dominar as partidas no Mineirão: “Ficou de bom tamanho, porque definimos em nossa casa. E Cruzeiro no Mineirão está trabalhando para ser protagonista, dominante, ganhar em casa. O trabalho que o time vem fazendo, incluindo com 10 jogadores, era merecedor de encontrar o gol da vitória.”
Olhando para o futuro, Larcamón mencionou o planejamento para a próxima partida, com alguns jogadores se recuperando de lesões. Ele ressaltou a importância desses jogadores no elenco e a dedicação da equipe médica em garantir que retornem em plenas condições físicas:
“Alguns jogadores estão fazendo recuperação das lesões. Esses jogadores (Rafa Silva, Japa, Veron) voltam prontos para o nosso planejamento, são importantes. Alguns conseguiram treinar com a gente. É uma situação que estamos trabalhando muito. Temos uma grande capacidade de trabalho na recuperação, para voltarem mais prontos possíveis. O clube tem gente muito boa nos casos.”
Por fim, Larcamón reconheceu os esforços dos jogadores em um jogo difícil e elogiou a transição ofensiva da equipe, destacando a melhoria contínua como chave para alcançar o sucesso.
Sem Zé Ivaldo e Marlon para o próximo jogo, Larcamón citou as opções disponíveis e ressaltou o retorno de Neris à equipe como um ponto forte:
“A boa notícia é que voltou Neris, que é um jogador importante pra gente. E ele é um líder, um jogador que faz muito bem o que se pede no modelo que a gente joga. Temos jogadores que podem desempenhar bem nessa função. E como falava, estamos tranquilo.”
“Kaiki, como falei, ainda está trabalhando para voltar. Está perto de voltar, teve uma lesão importante, mas está no processo final para voltar a jogar. E Villalba, estou muito tranquilo, porque ele veio ao Cruzeiro para fazer essa função de competir com Marlon, de ser zagueiro pela esquerda, ser lateral. Ainda temos muito trabalho, mas Villalba é o principal candidato a jogar na função do Marlon.”