
Foi mais sofrido do que necessário, é verdade, mas com gols de Thiago Neves e Lucas Silva, o Cruzeiro acaba a fase de grupos em primeiro lugar pela 10ª vez em 15 edições disputadas da Libertadores. Igualou o Racing com 11 pontos, superando no saldo de gols: dez contra seis dos argentinos. Grande prova de recuperação da equipe celeste dentro da competição após início oscilante no torneio. Méritos para Mano Menezes e seus comandados.

Com 84% de aproveitamento nos passes, um belo gol e 4 interceptações, Lucas Silva novamente fez uma atuação de gala. E aí, vai ficar? Foto: Twitter/CONMEBOL
De forma fulminante, o Cruzeiro começou amassando o Racing nos primeiros 10 minutos de partida, marcando pressão no campo de ataque, com muita intensidade e entrega física dos seus atletas. Aos 2′ o time recuperou a bola e Robinho lançou Sassá na direita, o camisa nove cruzou para área e encontrou Thiago Neves, sempre decisivo. 1×0.
Ainda com a torcida comemorando o primeiro gol, quase saiu o segundo. Em excelente passe de Thiago Neves, Sassá invadiu a área, mas chutou errado na saída do goleiro Musso. Fechando às linhas de passe do Racing e pressionando no ataque, novamente a Raposa roubou a bola com Lucas Silva, aos 10′, que fintou seu marcador e finalizou no fundo das redes. 2×0. Um golaço.
Precisando do placar, o Racing aproveitou que a marcação celeste não era tão intensa como nos primeiros minutos e passou a tocar mais a bola, ameaçando com jogadas perigosas pelos lados, explorando a dificuldade dos meias abertos – Arrascaeta pela esquerda e Robinho pela direita – na recomposição. Aos 27′, Solari fez jogada pela direita e cruzou para área, a bola sobrou para Centurión, livre de marcação, diminuir o placar. 2×1.
Dez minutos depois, Fábio foi salvo pela trave em finalização de Solari, livre de marcação. Como sobe com muitos jogadores e utiliza uma última linha defensiva alta, o Racing oferece espaços para contra-golpes. Em um deles, Sassá aproveitou rebote de chute de Arrascaeta e marcou. A arbitragem anulou corretamente. Três minutos depois, o uruguaio saiu cara a cara com o goleiro Musso, mas não conseguiu driblá-lo.

Sem estar 100% fisicamente, mas novamente decisivo: Foi do camisa 30 o primeiro gol celeste. Foto: Twitter/ CONMEBOL.
No segundo tempo, o Cruzeiro optou por fechar os espaços e marcar de forma reativa. Apesar do volume ofensivo da equipe argentina, não correu grandes riscos. Henrique foi fundamental fechando os espaços e impedindo que Lisandro Lopez transitasse entrelinhas como no primeiro tempo e Lucas Silva foi líder do time nas interceptações, com 4. Com 58% de posse de bola até os 30′ do 2T, o Racing tocava a bola de um lado ao outro buscando espaços, sem conseguir infiltrar na área azul.
Sem sucesso pelo chão, o jeito foi optar pelos cruzamentos. Em um desses, Léo, de carrinho, impediu a finalização. Aos 33′, Centurión apareceu às costas de Lucas Romero e de peixinho obrigou o goleiro Fábio a fazer grande defesa. O Cruzeiro jogava por uma bola para matar o jogo e ela apareceu. Aos 45′, Arrascaeta lançou Raniel, livre, mas o atacante chutou por cima. Apesar das chances desperdiçadas durante o jogo, o Maior de Minas soube sofrer quando necessário e garantiu a vitória por 2×1 no Mineirão.
CRUZEIRO 2 X 1 RACING
CRUZEIRO
Fábio; Lucas Romero, Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Lucas Silva; Robinho (Bruno Silva, aos 26’2ºT), Thiago Neves (Rafael Sobis, aos 19’2ºT) e Arrascaeta; Sassá (Raniel, aos 32’2ºT). Técnico: Mano Menezes.
RACING
Juan Musso; Ivan Pillud, Miguel Barbieri (Lucas Orban, aos 39’2ºT), Alejandro Donatti e Alexis Soto; Diego González; Augusto Solari (Matías Zaracho, aos 27’2ºT), Neri Cardozo (Brian Mansilla, aos 36’2ºT) e Ricardo Centurión; Lisandro López e Lautaro Martínez. Técnico: Eduardo Coudet.
Gols: Thiago Neves, aos 2’1ºT, e Lucas Silva, aos 10’1ºT (CRU); Centurión, aos 27’1ºT (RAC).
Público Presente: 43.276
Público Pagante: 38.564
Renda: R$ 2.213.676,00
Foto de capa: Twitter/CONMEBOL
Saudações celestes!
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