
FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO
Destaque dentro campo e um dos titulares de Paulo Pezzolano desde o início da temporada, Lucas Oliveira deu entrevista coletiva nesta tarde na Toca da Raposa II, entre os assuntos abordados, estão o seu rendimento na zaga, ansiedade em relação ao acesso e a matemática favorável ao Cruzeiro retornar à Série A do Campeonato Brasileiro.
Com a torcida já comemorando o acesso e todo o assédio em cima do time sensação da segunda divisão, Lucas Oliveira prega as palavras do comandante Paulo Pezzolano: o foco é no trabalho jogo a jogo e controlando a ansiedade.
“A gente tá bem tranquilo em relação ao que a gente vem fazendo. Que a gente vem mostrando. A gente sabe que ainda não está nada confirmado, a gente deixa essa parte pra torcida. A gente não pode ficar ansioso, tem que manter o foco no nosso trabalho, no nosso estilo de jogo, tem o professor (Pezzolano) que cobra sempre a gente, ele não deixa isso acontecer dentro do nosso grupo.”
Líder em diversas estatísticas na competição, de acordo com a plataforma Sofascore, Oliveira foi questionado sobre o seu bom rendimento na temporada, dividiu os méritos com os seus companheiros de zaga e valorizou o trabalho de toda equipe em recompor e pressionar, desde o atacante Edu, até o goleiro Rafael Cabral.
“Isso não é só por mim. A gente sabe que a equipe me ajuda bastante. É um cobrindo o outro quando as vezes eu erro. Tenho o Zé (Ivaldo) e o Brock que me ajudam bastante, até o Rafa mesmo. Eu sempre bato na tecla que quem começa marcando é o Edu, o Rafa (Silva). A defesa começa do nosso camisa 9, assim como o ataque começa do Rafael (Cabral). Essa regularidade que eu venho mantendo, faz parte do bom trabalho que eles vem fazendo.”
Com 58 pontos conquistados em 27 jogos, o Cruzeiro está próximo de atingir o número de corte histórico da Série B do Campeonato Brasileiro: 63 pontos. Apesar de não garantir o acesso matemático nos próximos jogos, a tendência é que o time não seja mais ultrapassado pelo 5º colocado caso vença as próximas duas partidas, apesar de tudo isso, Lucas Oliveira disse não prestar atenção nos números.
“Eu não sou de acompanhar os números. Não é do meu feitio. Trabalho dia por dia, jogo a jogo e deixo isso aí pros matemáticos. A gente trabalha muito duro para poder manter o nosso estilo de jogo ofensivo e agressivo, sempre buscando o gol, por isso a gente vem fazendo o que está fazendo no campeonato e pode até bater alguns recordes aí. Mas nossos adversários não vão entregar isso de mão beijada. Como foi no último jogo a gente teve controle das ações, mas a equipe do Sampaio empatou o jogo.”
Pendurado com dois cartões amarelos desde o jogo contra o Guarani, há cerca de dois meses, Lucas falou sobre como o time tem que manter a intensidade e a pegada, sem medo de desfalcar a equipe por conta de cartão amarelo e confiando nos jogadores de fora.
“Nós três ali, eu, Zé e Brock, a gente já sabe quando um precisa ajudar o outro, cobrir o outro, as vezes uma jogada que passa a gente sabe quando o outro vai conseguir recuperar. Isso ajuda bastante. Eu sei que eu tenho dois cartões, mas não me apego a isso, não me preocupo em estar fora do jogo, porque sei que o pessoal do lado de fora trabalha muito e se eu tomar um cartão, é porque foi preciso. O mais importante é ajudar o Cruzeiro.”
Após ter que jogar como mandante no Independência, a Raposa volta ao Mineirão, que estima receber um público de mais de 50 mil pessoas. Oliveira elogiou o estádio, mas fez questão de ressaltar a presença da torcida celeste em qualquer lugar do Brasil.
“O Mineirão é um lugar especial. Toca da Raposa 3, né?! Mas independente da onde a gente joga, a gente já viu que a torcida está presente. O Mineirão, se não faz a diferença, a torcida faz. A torcida é impressionante. Então isso é o que faz a diferença.”