FOTO: REPRODUÇÃO / YOUTUBE / CRUZEIRO OFICIAL
Vanderlei Luxemburgo estreou no comando do Cruzeiro e conseguiu romper com a sequência de nove jogos sem vitórias da equipe. A vitória por 2 a 1, de virada, contra o Brusque, teve o dedo do treinador: os gols saíram logo após as substituições do técnico, buscando um time mais ofensivo.
Em sua primeira coletiva pós-jogo, Luxemburgo destacou os pontos positivos dessa vitória, ressaltando que a ideia do técnico é utilizar todo o elenco, principalmente diante de um cenário onde é possível realizar até cinco substituições.
“O time jogou bem posicionado no primeiro tempo. Um pouco sem agressividade, mas bem posicionado. E nós escolhemos fazer uma marcação mais reativa. O campo é muito pequeno, grama muito baixa, preferi deixar o time mais encolhido e pegar o contragolpe. Pegamos os contragolpes mas não soubemos tirar proveito, o passe final não era legal. Mas foi uma grande vitória do grupo. Não existe futebol hoje com 5 substituições que você não utiliza o grupo. Os jogadores que estão jogando sabem que podem sair, entrar outros. Você usar 5 substituições de um jogo, você dá 50% de gás novo na equipe. E se os caras estiverem ligados e comprometidos no trabalho, facilita bastante.”
Questionado sobre o comprometimento do time com a situação do Cruzeiro e a necessidade de manter uma sequência boa de resultados positivos, o técnico citou a importância do clube honrar seus compromissos, como os salários atrasados, sendo isso um dos fatores que muda o comportamento e o psicológico dos atletas. Luxemburgo também reforçou a importância de entender a Série B do Campeonato Brasileiro como uma competição diferente.
“A mudança de comportamento tinha que existir. A situação não era confortável. Comprometimento era obrigação. O jogador tem que estar comprometido com o clube e o clube com o jogador também. Isso é recíproco. A maior contratação que o Cruzeiro fez não fui eu. Foi colocar os funcionários e os jogadores recebendo. Muda completamente. É emocional, é parte psicológica.”
“Os jogadores tem que saber que a segunda divisão se joga um futebol diferente. É um futebol de pancada. Você tem que jogar em cima, marcando, correndo, lutando. Isso é segunda divisão. E tem que prevalecer essa camisa. A camisa tem que pesar. O adversário tem que saber que é o Cruzeiro que tá em campo. Carregar essa história dentro do campo. Jogar no Cruzeiro tem que ter coragem, não pode ter medo.”
Sobre a escalação utilizada, iniciando o jogo com Ariel Cabral e Flávio de volantes, o técnico reforçou a necessidade de ter uma boa saída de bola e municiar seus pontas e atacantes.
“O meio de campo é um lugar fundamental. É um dos setores mais importantes. Os volantes tem que ter qualidade na saída de bola. Tanto Ariel quanto o Flávio que jogaram ali, conseguiram achar a frente, dar a cadência necessária, marcando, compactando a equipe. Nem e Bruno criaram bastante situação de lado. Rafael (Sóbis) esteve bem no jogo, mas faltou aquele passe final, ele tentou três vezes, que se tivesse acertado, teria colocado os companheiros na cara do gol. Comemorar essa vitória, mas quarta-feira já preocupar com um jogo difícil.”