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Má fase faz Cruzeiro viver dias de turbulência, mesmo com “acordo” por trégua

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FOTO: REPRODUÇÃO

Na manhã desta terça-feira (22) um grupo de torcedores foi até os portões da Toca da Raposa II para protestar contra jogadores e diretoria por conta da má-fase do time celeste. 15º colocado, com apenas 8 pontos na tabela, o Cruzeiro não faz um bom início de campeonato brasileiro e segue longe do seu objetivo de retornar à série A.

Após a derrota por 3 a 1 contra o CSA, que até então era o lanterna da competição, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, protestos vem ocorrendo com frequência, seja pessoalmente – ainda que os protocolos de saúde sejam desrespeitados, gerando aglomerações, uma vez que o país ainda se encontra em situação de pandemia e isolamento social – ou pelas redes sociais. O time foi recebido no aeroporto de Confins por um grupo de torcedores descontentes com o resultado.

O protesto na Toca da Raposa II reuniu ainda mais torcedores e alguns membros de torcidas organizadas, que questionaram atletas e dirigentes, em especial o supervisor de futebol Benecy Queiroz, os diretores de futebol Deivid e Ricardo Drubscky e o presidente Sérgio Santos Rodrigues.

A manifestação que contava com cerca de 80 torcedores ocorria de forma pacífica, até que alguns torcedores tentaram invadir o CT e também escalaram os portões principais. Seguranças privados que estavam do lado de dentro usaram spray de efeito moral para tentar dispersar o movimento. Logo em seguida, viaturas da Polícia Militar chegaram ao local para acalmar os ânimos – mas os gritos pedindo por “raça” e cobrando “vergonha” dos jogadores continuaram.

Acordo de trégua momentânea

Em matéria do portal Hoje em Dia, na última segunda-feira (21) o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, se reuniu com a liderança de algumas torcidas organizadas de Belo Horizonte para fechar um acordo de “trégua”. O acordo surtiu efeito, uma vez que nenhumas das organizadas que se reuniu com o presidente compareceu ao protesto de hoje. Você confere a matéria completa clicando aqui.

A realização, ou não, dos protestos ficou atrelada ao desempenho do time em campo, que irá realizar dois jogos em casa na sequência, respectivamente contra Avaí (25/9) e Ponte Preta (30/9). Em nota oficial ao portal, o Cruzeiro se posicionou dizendo que “O Cruzeiro respeita os protestos dos torcedores, porém entende que o diálogo é sempre o melhor caminho para que Clube e torcida caminhem juntos.”

Crise financeira e técnica

Mesmo diante do pior momento de sua história, com uma dívida que beira a casa dos R$1 bilhão, o clube ainda tem a maior folha salarial da série B do Campeonato Brasileiro, algo próximo dos R$3 milhões/mês. Além de ser o clube mais bem estruturado da competição, o elenco conta com atletas renomados e jovens promessas da base.

O técnico Ney Franco foi contratado para substituir Enderson Moreira, que vinha de 6 jogos seguidos sem vitórias. Ney chegou com desconfiança da torcida e após dois jogos (1 vitória e 1 derrota) já tem de lidar com um ambiente conturbado e pressionado. Atualmente, o Cruzeiro tem apenas 46.7% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro da Série B.