
Mudam as estações, mas nada mudou. Há 2 dias atrás (27/09) foi o aniversário de um ano desde a conquista do penta da Copa do Brasil, e comemoramos esta data simbólica classificados para mais uma final na competição. É a chance do Hexa, é a chance de se tornar o maior campeão deste torneio, posto que já é nosso porém dividindo com o Grêmio. Tradição é pra quem tem.
Contra o milionário Palmeiras, que em mais uma temporada tentou montar um Dream Team com um elenco absurdamente qualificado, buscamos nossa vaga na final. Classificação tranquila, sem sofrimento. O badalado time da Crefisa foi completamente anulado pelo Cruzeiro e temos que dar os créditos ao treinador Mano Menezes, que amarrou o saudoso técnico do 7×1 tanto dentro quanto fora de casa. Sou um crítico confesso do atual treinador celeste e ainda gostaria de ver outro no comando em 2019, mas reconheço quando ele acerta.
O time titular do Cruzeiro nesta temporada é basicamente o mesmo da conquista do penta em 2017, com as adições de Edílson e Egídio. O zagueiro Dedé estava lesionado no ano passado e não atuou, porém faz parte do grupo desde 2013. Elenco montado com inteligência dá retorno, a prova está aí. E uma possível conquista do milionário prêmio da Copa do Brasil, vai dar ao Cruzeiro mais uma chance de acertar na montagem de um elenco para longo prazo. A data de validade do elenco finalista montado em 2017 está próxima do vencimento, e renovar será necessário.
Até o momento, a Copa do Brasil rendeu aos cofres celestes R$ 31,9 milhões. Caso sejamos campeões contra o Corinthians, este valor sobe para R$ 61,9 milhões. Uma premiação desta, se usada com inteligência, te permite negociar (não confundir com quitar) algumas dívidas e montar um time competitivo e mais jovem para a temporada 2019.
Nem só de Copa do Brasil vive o cruzeirense. Na Libertadores ainda estamos vivos. Iniciaremos o jogo contra o Boca Jrs com um 0x2 no placar, mas Anderson Vital da Silva, o zagueiro Dedé, estará de volta. Com Arrascaeta à disposição, o mito na zaga, motivação para reverter o assalto de La Bombonera e embalados por mais uma final nacional, temos muita, mas MUITA chance de conseguir esta classificação.
A Libertadores não é tão atrativa financeiramente quanto a Copa do Brasil. Mas além de todo o prestígio da competição internacional, ainda rende uma bom prêmio: US$ 10,85 milhões ao campeão, o que daria hoje R$ 43,9 milhões. Com a possibilidade de tanto dinheiro em caixa nas duas copas em disputa, fica a torcida por mais competência na hora de usar o dinheiro em caixa na próxima temporada, os erros de 2018 não poderão se repetir. Juventude e possibilidade de retorno financeiro tem que ser o foco. E velocistas, FOCAR EM BUSCAR VELOCISTAS.
O sinal amarelo até aqui fica por conta do campeonato Brasileiro. Temos 12 jogos para nos garantirmos no G6 e garantir uma vaga na Libertadores 2019, uma medida inteligente para prevenir uma eventual tragédia nas copas. O Cruzeiro PODE mais, e isto tem que ser cobrado. Clube grande é assim, pressão por vitórias.
#VamoQueVamo
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