Marlon fala sobre características, condição de jogo, experiência e disputa com Kaiki

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IMAGEM: REPRODUÇÃO / YOUTUBE / CRUZEIRO

Anunciado oficialmente nesta sexta-feira (10) o lateral Marlon já deu sua primeira entrevista coletiva nesta tarde, na Toca da Raposa II. Depois de se apresentar aos companheiros de elenco e encontrar até com o “patrão” Ronaldo Fenômeno, o jogador falou sobre as expectativas da temporada, retorno ao futebol brasileiro, condicionamento físico e de jogo e outros assuntos.

Marlon assinou com o Cruzeiro até o final de 2025, vindo do futebol turco – estava atuando no Ankaragücü – e comemorou o retorno ao futebol brasileiro. O jogador ressaltou que sua chegada à Raposa casou com a vontade da sua família de ver o jogador retornar após os problemas enfrentados no país e o bom projeto apresentado pelo clube.

Revelado nas categorias de base do Criciúma, Marlon oscilou entre bons e maus momentos quando se transferiu ao Fluminense. O jogador ainda teve uma passagem pelo futebol de Portugal (Boavista) antes de ir para a Turquia, atuando primeiro pelo Trabzonspor. Com 25 anos, o atleta retorna e garante que está ciente do momento do Cruzeiro e quer somar para ajudar a equipe na sequência da temporada.

Confira os principais pontos da coletiva do lateral Marlon:

Experiência na Europa e adaptação

“Eu tive a chance de jogar em Portugal e na Turquia, três, quatro temporadas. Foram experiências boas pro meu amadurecimento profissional e como homem também. Aprendi a jogar em vários tipos de sistema tático, diferentes mentalidades de futebol. Em Portugal, por algumas oportunidades, a gente jogava no mesmo esquema tático que o Cruzeiro joga hoje, por algumas partidas joguei como zagueiro e como lateral. Estou mais apto a aprender o que o Cruzeiro está praticando hoje, o que o Pezzolano vai solicitar de mim. Acho que eu tenho que usar essa bagagem a meu favor. O primeiro passo é entrar na metodologia do Cruzeiro e entregar o que eles precisarem de mim.”

Condições físicas e de jogo

“Não só o Pezzolano exige isso (intensidade). Acredito que o futebol moderno exige isso. O futebol europeu é exigente, o campeonato turco fisicamente exigia muito. Mas a gente sabe que o Cruzeiro vai ter que entregar uma boa resposta aos torcedores, existe a expectativa de uma boa performance, a gente está preparado pra isso, sabe que vai ter uma pressão normal do futebol. Quanto a questão (condição) de jogo, eu já estou preparado, vinha jogando no futebol turco, só nestes últimos dias aí pra gente definir os trâmites que eu fiquei sem jogar, mas tô apto, bem fisicamente e muito motivado para jogar pelo Cruzeiro.”

“Eu tô muito bem. Se fosse possível, já queria jogar esse primeiro jogo da semifinal. Nesta passagem pelo futebol turco, eu sempre fui titular e joguei. Eu tô bem, tô apto, meu físico sempre tá em dia. Tô pronto pra jogar, mas eu quero começar a treinar com a equipe e entregar um bom trabalho pra começar no 11 inicial.”

Motivação para retornar ao futebol brasileiro

“Eu tava na Turquia e o pessoal da análise de mercado entrou em contato comigo e com meus representantes. Posteriormente, comecei a falar com alguns jogadores do elenco, pra saber como funcionavam as coisas aqui. Por ter ocorrido algumas coisas ruins na Turquia, pesou muito. Minha família colocou isso na balança. E coincidiu do Cruzeiro surgir no mesmo momento. O Cruzeiro tem um projeto excelente, muitas pessoas capacitadas dando suporte no clube. A gente não pode só se atrelar à imagem do Ronaldo, nos bastidores a gente tem muitas pessoas com conhecimento no futebol, pessoas vencedoras que querem ajudar o Cruzeiro nesta reconstrução. Eu já tive a oportunidade no Brasil de jogar no Fluminense, um grande clube, e hoje tô mais feliz de vir pro Cruzeiro, uma camisa ainda maior.”

Pressão por resultados e desempenho

“A gente sabe que o nosso torcedor é o maior patrimônio do clube e isso não é clichê, é a realidade. A gente tem que entender que existe uma expectativa, sim, de entrega de resultados. Existe uma expectativa pro clube buscar vitórias. Mas a gente tá ciente que tem que trabalhar muito pra isso e que vai encontrar adversários muito capacitados também. É difícil pedir pro torcedor ter paciência, mas estamos trabalhando bem. O Cruzeiro tem muitas pessoas capacitadas para entregar resultados. E a mescla de trabalho e bastidores vai nos entregar resultados. Cabe a gente entregar tudo que tem dentro de campo.”

Disputa com Kaiki na lateral esquerda

“Nesse período em que eu estava na Turquia, eu tive a oportunidade de acompanhar o sul-americano, o Kaiki fez uma excelente competição. É um jogador que todo clube tem confiança nele e tem um potencial enorme. É um menino, chegando agora ao profissional. Não só eu posso ensinar pra ele, como ele pode ensinar a mim. Não tem problema ele ser um jogador da posição, até porque eu posso jogar de terceiro zagueiro, de lateral esquerdo, o mais importante é quem tem a ganhar com isso é o Cruzeiro. E que bom que o Cruzeiro tem o Kaiki. Por muitas vezes ele vai jogar, com muitas vezes eu vou jogar. Nenhum jogador pode estar acima da instituição. Nossa responsabilidade é entregar o máximo.”

Disputa da semifinal contra o América

“Eu quero estar presente no jogo, prestigiar os novos companheiros. A gente sabe que a equipe do América vem de boas performances e vai ser um adversário duro, mas a gente tem um bom aliado que é o nosso torcedor, na Arena do Jacaré onde o Cruzeiro sempre teve bons resultados, um estádio folclórico pro nosso clube. Espero estar apto pra segunda partida e que eu possa, jogando ou não, ajudar o Cruzeiro.”

Características do Marlon de hoje

“As minhas características são na bola parada, os cruzamentos. Na Europa eu aprendi a ser mais agressivo na marcação, até por ter aprendido a jogar em mais de uma função. E também procuro ter uma boa leitura tática, a gente sabe que no futebol a gente tem que procurar antever o movimento do adversário. Estar ligado e trabalhar muito o mental.”

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