Quantas vezes eu não ouvi o discurso de que as torcidas organizadas deveriam acabar… afinal, são só marginais né?! Como muitos gostam de dizer, “bandidos travestidos de torcedores”. A ideia de que um grupo numeroso de pessoas agregam variadas origens, histórias e formas de agir se aplica em qualquer outra esfera social, menos para as torcidas organizadas, que são vendidas como gangues e esse estereótipo é reverberado pela mídia tradicional.
Há dois dias, um desses tidos como “marginais”, o Wellington da TPI (Torcida Pavilhão Independente) resolveu usar duas armas pesadas: o microfone e a palavra, para lutar e dizer o que pelo menos 9 milhões de torcedores gostaria. Ele lutou, diante de um ambiente hostil, pelo interesse de cada cruzeirense. E também pelo interesse do povo mineiro.
A ideia é reparar um erro grave cometido pelo estado. Não pedimos para que o Mineirão fosse reformado. Muito menos que se gastasse R$700 milhões na obra. Que o estado assuma seus erros, sem que o povo seja prejudicado. Afinal, de uma forma ou de outra, somos nós que acabamos por pagar esse estádio. E queremos continuar pagando, mas queremos o NOSSO Mineirão. Um que haja autonomia dos clubes e do próprio estado.
Simples, direto, perfeito e impactante. Certeiro. A partir daqui, não tenho mais o que completar, apenas reforçar o pedido de que precisamos de um estado que escute seu povo! Precisamos que os clubes escutem seus torcedores!
Obrigado TPI.