FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.
Depois de mais um jogo sem vencer, chegando a marca de oito partidas sem vitórias na Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Mozart concedeu entrevista coletiva após o empate em 0 a 0 contra o Vila Nova-GO, pela 14ª rodada. Entre os assuntos abordados, Mozart comentou sobre não utilizar o meia Marcinho, seus resultados no clube e rejeitou pedir demissão, confiando que seu trabalho irá apresentar resultados.
Mozar foi questionado, inicialmente, sobre não ter utilizado o meia Marcinho na partida deste sábado (24), já que o meia vinha apresentando o melhor desempenho técnico da equipe nas últimas partidas. O técnico comentou que o cartão amarelo que o meia recebeu, no banco de reservas, foi determinante para que ele não entrasse em campo.
“Marcinho é um efetivo do clube, importante para nós. Talvez seja o que mais atuou sob meu comando. Hoje fizemos um desenho um pouco diferente. Na minha opinião, é o que mais se adequa ao elenco que nós temos. Infelizmente, o Marcinho acabou tomando o cartão amarelo no banco e decidimos não utilizá-lo por causa disso. O jogo se desenhou pro Wellington (Nem) e pro Bissoli. E eles entraram muito bem. Tem que ressaltar a maneira que a equipe atuou.”
Questionado sobre a falta de repertório do time, que hoje teve 54% de posse de bola e finalizou 13 vezes (apenas 4 na direção do gol), de acordo com os dados apresentados pelo Sofascore, Mozart entende que o time teve boa performance no jogo de hoje, pecando nas finalizações.
“Eu discordo completamente da pergunta (sobre a falta de repertório do time). Uma equipe que cria cinco chances claras de gol não é por falta de repertório. É óbvio que nós entramos em alguns momentos com a bola direta, por alguns fatores. É um campo mais difícil de jogar futebol, é um pouco menor, a bola estava relativamente viva. Nós tínhamos um jogador de referência justamente pelo fator campo e em alguns momentos nós fomos efetivos. Eu discordo pelas chances claras de gol criadas. Num jogo, dificilmente você vai criar mais de cinco. Cinco é um número expressivo. Infelizmente não conseguimos ser efetivos na hora de finalizar”
Sobre a frustração de não conseguir alcançar os resultados e também em relação às críticas que vem sofrendo da torcida, o técnico voltou a ressaltar seu trabalho como um dos fatores diferenciais para tirar o Cruzeiro dessa situação e entende como algo natural do seu trabalho como treinador.
“Me frustram os resultados negativos de seis empates e duas derrotas. Me frustra menos as críticas, porque estou numa posição de um grande clube. Que realmente é passível de elogios e críticas. Acho bem normal na minha profissão. Pode ter certeza que, nessas situações difíceis, eu me fortaleço mais. Me fortaleço no que vejo esses jogadores entregando em campo. Isso me dá motivação. Eu acredito na nossa recuperação. Prova disso é o que desempenhamos hoje.”
“Infelizmente, futebol é assim mesmo. Temos que continuar insistindo. Eu, como treinador, continuar cobrando e melhorando. Os jogadores continuarem tentando. Só nós podemos reverter. Acredito muito na minha capacidade e na capacidade dos jogadores. A crítica eu acho ela bem natural. Como ex-atleta, vivi bons momentos e outros não tão bons. Temos que buscar lá dentro força para sair desse momento difícil”
O técnico também foi questionado sobre sua situação no comando do Cruzeiro. Perguntado se estaria esperando a ordem de demissão vir da diretoria, sabendo que isso dificilmente aconteceria – pois o Cruzeiro estaria impedido de contratar um novo treinador nessa hipótese – Mozart rejeitou qualquer chance de saída.
“Respeito tua opinião e discordo completamente dela. Eu acredito no meu trabalho, por mais que nós estamos passando por um momento difícil. Acredito na capacidade dos meus jogadores.”
O Cruzeiro chegou aos 31 jogos na temporada, contando Mineiro, Copa do Brasil e a Série B. São 10 vitórias, 9 empates e 12 derrotas. 33 gols feitos e 34 sofridos (saldo de -1) e um aproveitamento total de 41,93%. O próximo confronto do time é contra o Londrina, na sexta-feira (30), às 21:30h, no Mineirão.