
Após os trágicos eventos ocorridos no último sábado (2) em Belo Horizonte, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) tomou medidas decisivas para conter a violência no futebol mineiro. Em uma determinação firme, as torcidas organizadas Máfia Azul e Galoucura foram banidas temporariamente por dois anos.
O confronto entre os membros dessas torcidas resultou na morte de um indivíduo e deixou dois feridos por disparos de arma de fogo. Diante disso, o MPMG agiu de acordo com a legislação vigente, baseando-se no artigo 201, parágrafo 1º, inciso I, da Lei Geral do Esporte – Lei nº: 14.597/23.
A Galoucura, que havia sido recentemente punida com um ano de banimento, seguido por outro de três meses, enfrentará agora um banimento temporário até 4 de março de 2026. Enquanto isso, a Máfia Azul, que já estava cumprindo um banimento até março de 2026, agora terá sua punição estendida até 15 de março de 2028.
Durante esse período de banimento, as torcidas estão proibidas de frequentar estádios em todo o território nacional e seus respectivos entornos nos dias de jogos, respeitando um raio de cinco mil metros. Além disso, não poderão utilizar, portar ou exibir qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou objeto que caracterize a presença da torcida nos estádios ou seus arredores.
Essa recomendação, segundo o próprio MPMG, busca garantir a segurança e o bem-estar de todos os frequentadores dos eventos esportivos, bem como preservar a imagem do futebol mineiro como um espaço de competição saudável e pacífica.
A Federação Mineira de Futebol (FMF) será responsável por ratificar essa decisão, que deverá ser devidamente publicada em seus canais oficiais, bem como na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como uma resolução das entidades organizadoras dos campeonatos de futebol que contam com a participação do Cruzeiro Esporte Clube e Clube Atlético Mineiro.
Segundo o promotor de justiça Fernando Ferreira Abreu, a situação de violência que tem se tornado recorrente, requer a criação de um grupo especializado, dentro do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) da Polícia Militar de Minas Gerais, para atender essa demanda social. Em nota no site do Ministério Público de Minas Gerais, o promotor diz:
“A questão não se restringe à violência no futebol, e para que, entendendo por necessário, provoque o Tribunal de Justiça de Minas Gerais para o desenvolvimento de estratégia interinstitucional de controle de torcedores suspensos/banidos de eventos desportivos”
A nota completa do Ministério Público de Minas Gerais pode ser acompanhada clicando aqui.