NÃO-RENÚNCIA DE GRANATA PODE GERAR “BOLA DE NEVE” INSUSTENTÁVEL

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FOTO: REPRODUÇÃO

Não é novidade que salários e demais vencimentos estão atrasados no Cruzeiro, uma situação que atinge jogadores, funcionários e colaboradores. Inclusive já havíamos noticiado por aqui que a falta de pagamento do FGTS poderia acarretar com a rescisão indireta do contrato de trabalho dos jogadores, o que geraria mais passivos trabalhistas (clique aqui e confira). A solução imediata para esses problemas parecia evidente: o aporte financeiro que poderia ser realizado pelos empresários que compõe o comitê gestor proposto a assumir o clube em caso de renúncia.

Entretanto, esse comitê gestor tem perdido tempo precioso para poder tentar regularizar a situação. Isso porque a renúncia ainda não aconteceu. O 2º vice-presidente do Cruzeiro, Ronaldo Granata, segue sem assinar a ata de renúncia que foi apresentada pelo presidente do conselho deliberativo, José Dalai Rocha. Vale ressaltar que Wagner e Hermínio já assinaram e se dispuseram de seus cargos – confira abaixo os documentos assinados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto a renúncia não acontece e os trabalhos do comitê gestor não tem início, o clube vai se complicando em questões judiciais e trabalhistas: jogadores do time principal que estão com salários atrasados e igualmente sem receber o FGTS, estão pedindo a rescisão indireta do contrato para ficarem livres no mercado e assinarem com outros clubes. É sabido que Fabrício Bruno, por exemplo, é um dos atletas que busca seus direitos na justiça. Thiago Neves também já tinha entrado contra o clube, informações inicialmente dadas pelo portal Superesportes (confira a matéria aqui).

O certo é que a demanda de passivos judiciais deve aumentar com novos atletas exigindo seus direitos. Ao contrário do que vem circulando em redes sociais, outros jogadores ainda não entraram na justiça. O zagueiro Léo, inclusive, foi procurado pela reportagem do DMD e negou qualquer ação contra o clube por conta dos atrasos. Mas também apuramos que empresários de outros atletas já consideram a opção da rescisão indireta por conta do momento vivido pelo clube e a demora em apresentar uma solução a curto e médio prazo.

O certo é que a situação institucional do clube segue em vias de se tornar insustentável e a única solução vista no horizonte é a renúncia que depende exclusivamente de Ronaldo Granata.

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