Prejudicado pela arbitragem, Cruzeiro perde a chance de entrar no G8

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FOTO: PAULA REIS / FLICKR OFICIAL / C. R. FLAMENGO

Em jogo válido pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro A1, o Cruzeiro foi ao Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo/Marinha na tarde do último domingo (13). Com a bola rolando, o jogo se assemelhou aos demais jogos do Cruzeiro nessa retomada do futebol: uma equipe com pouca organização em campo e jogadoras atuando fora de suas funções de origem, apostando nos talentos individuais e com acentuada queda de desempenho no segundo tempo, dada ao perceptível cansaço das atletas, principalmente as mais participativas no jogo. Com a insistência nos erros, o técnico manteve a marca de 50% de aproveitamento em 9 jogos no comando da equipe.

No primeiro tempo coube ao Cruzeiro segurar as flamenguistas, que dominaram boa parte do jogo. No segundo tempo, Rafa Barros abriu o placar para as donas da casa, num lance de bola parada, que vem sendo um dos maiores problemas da zaga celeste. Assim como na maior parte dos jogos, o técnico Jorge Victor evitou fazer substituições, trocando Dede por Godoi no intervalo, Eskerdinha por Thalita aos 28, Capelinha por Thamirys e Micaelly por Patrícia, ambas após os 45 minutos do segundo tempo. E do banco veio a solução pros problemas celestes: Patrícia fez seu primeiro gol com a camisa do Cruzeiro e empatou para as cabulosas aos 50 do segundo tempo, com um golaço após cobrança de falta.

GOL MAL ANULADO TIRA CRUZEIRO DO G8

Um lance gerou revolta do lado cruzeirense, aos 35 do segundo tempo. A defensora Mayara empatou o jogo, mas a arbitra Rejane Caetano anulou o gol alegando uma suposta falta na goleira do Flamengo Kaká, amarelando a zagueira celeste. Os vídeos da partida mostram que o lance foi normal e que não houve sequer o contato com a goleira rubro-negra – tanto que nem as própria jogadoras do Flamengo fizeram menção de reclamar da jogada.

Caso o gol tivesse sido validado, e o Cruzeiro conseguisse a vitória, terminaria a rodada com 15 pontos, dentro da zona de classificação para a próxima fase da competição. Com o empate, Cruzeiro e Flamengo seguem juntos na tabela e sonhando com o G8 do Campeonato Brasileiro A1. A Raposa chegou aos 13 pontos e ocupa a 10ª colocação, enquanto o Urubu chegou aos 12 pontos e é o atual 11º colocado. O próximo adversário do Cruzeiro será a Ferroviária, na quarta-feira (23) às 20:30h no SESC Venda Nova.

PROBLEMAS DE ESTRUTURA SÃO O “DESTAQUE” DO JOGO

Imagem: Reprodução / Mycujoo

Infelizmente, o que chamou a atenção não foi o futebol, mas a péssima estrutura oferecida para as atletas e que permeou a partida. O jogo foi realizado no estádio da Gávea, às 15h, sob um calor que bateu os 38° graus. Como se não bastasse, o campo não tinha banco de reservas e as atletas passaram toda a partida em cadeiras de plástico e sem cobertura alguma, sob o forte sol que fazia no momento o jogo.

Se para as jogadoras estava ruim, para quem acompanhava a partida pela plataforma MyCujoo, detentora dos direitos de transmissão, a situação também não foi fácil. A imagem era ruim e distante, muitas vezes não permitindo o reconhecimento das atletas, e chegou a cair no fim do jogo porque segundo o narrador “alguém pisou no cabo da câmera”. Além disso, outro ponto que gerou incomodo na transmissão e foi muito abordado pela torcida que acompanhava, é o fato do narrador não saber o nome de determinadas atletas, cometendo diversos equívocos em ambas as equipes durante todo o jogo.

Janaina virou “Xaiana”, Mary Camilo virou “Mayara”, Eskerdinha era “Daiana” e Tatá passou a partida sendo chamada de “Altamires”. Do lado do Flamengo, Dantas virou “Maria Dantas”. Aliado a péssima imagem da transmissão, muitas vezes era impossível saber o que acontecia no jogo, já que a própria equipe de transmissão não soube distinguir e por muitas vezes, o assunto abordado era sobre a equipe de futebol masculino do Flamengo e o forte calor.

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