O Cruzeiro teve problemas para encarar o Atlético no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, disputado na Arena MRV. Com a vantagem de poder jogar com dois empates, o técnico Nico Larcamón optou pela manutenção de três zagueiros, com Lucas Villalba ao lado de Neris e João Marcelo. Zé Ivaldo, que era o titular, começou no banco. No meio, Filipe Machado jogou ao lado de Lucas Romero. O Atlético jogou a primeira etapa melhor e abriu 2 a 0, mcom o Cruzeiro mostrando dificuldade para encaixar sua marcação e reagir.
Na segunda etapa, as entradas de Zé Ivaldo, Lucas Silva, Cifuentes e Barreal melhoraram o desempenho celeste, que conseguiu buscar o empate e segurar sua vantagem para o próximo domingo. Na entrevista coletiva, o técnico Nico Larcamón respondeu aos questionamentos da imprensa, reconheceu um primeiro tempo abaixo e destacou a capacidade de reação da sua equipe.
Confira os trechos mais importantes:
Zé Ivaldo no banco e entrada de Machado:
“As decisões que tomamos a exceção de jogadores que estão machucados e não podem jogar, como aconteceu com Dinenno e alguns outros, as decisões são táticas. Tem a ver com questões de grupo, certas situações individuais. Zé Ivaldo vinha jogando, acho excepcional e de uma qualidade superlativa, mas também é preciso que melhore esse aspecto (expulsão), sei que ele está trabalhando pra melhorar. A entrada do Machado que tem uma característica distinta de outros da posição, é mais posicional, tem a melhor capacidade de estar mais perto entre os zagueiros, com capacidade de organização de jogo. Sinto que no segundo tempo e a melhora do time em geral teve muito a ver não só com Zé Ivaldo, mas Machado teve grande desempenho.
Manutenção de Lucas Villalba
(…) Uma decisão de planejamento de jogo, fazer um time que era mais sólido e capaz de jogar pelos lados, para tentar fazer um jogo mais fechado, não tão aberto. Sinto que Marlon é melhor em capacidade defensiva, e essa posição foi o que deixou a série aberta, já que Marlon principalmente no segundo tempo, que foi nossa melhor versão, teve muita profundidade pelo lado e a jogada que salva na linha para impedir o terceiro gol. O primeiro tempo foi muito mal, mas muitas das decisões de planejamento para o jogo foram positivas.”
Enfrentar Gabriel Milito, novo técnico do rival:
“Normal. Tive a oportunidade de enfrentá-lo no Chile. Tenho a sensação que quanto mais tempo permanecer no Brasil terei o mesmo enfrentamento com outros treinadores. É preciso que essa semana trabalhemos para no domingo coroar e ganhar o título, principalmente voltar a ganhar o Estadual que é muito importante pra gente e a torcida.”
Estreia na Sul-Americana entre as finais do Mineiro:
“Temos principalmente a capacidade de acreditar no trabalho que estamos fazendo. O desempenho coletivo completo, acredito que o Machado não teve problema de sair de titular, aumentou muito o nível coletivo e não vinha jogando. Essa garantia de poder achar que qualquer jogador que temos pode desempenhar dá tranquilidade de enfrentar uma semana que será difícil. Estou claro que hoje foi uma grande resposta para resolver um momento difícil, mas não nos conformamos só com preparar o time para domingo, mas também trabalhar para o jogo de quinta para ganhar e somar pontos de cara na Sul-Americana que para todos nós é muito importante. Ser campeão é importante, mas fazer uma boa estreia na Sul-Americana também é muito importante.”
Preparação para o jogo no Equador, pela Sul-Americana:
“Temos a capacidade sem perder força e competitividade, e o time vem trabalhando para enfrentar esse jogo, fazendo algumas mudanças se forem precisas, mas sem perder a relevância que tem o jogo de quinta-feira. Temos que ir ao Equador, a partir dessa noite, mudar o chip, sabendo que domingo teremos um jogo decisivo que queremos coroar com o título, mas agora temos a estreia na Sul-Americana e temos capacidade de como time fazer muito bem e pontuar no Equador.”