FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Cruzeiro e Sampaio Corrêa se enfrentaram na noite desta sexta-feira, em jogo válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. E mesmo abrindo o placar cedo, a Raposa só conseguiu confirmar a vitória por 1 a 0 após enfrentar muitas adversidades e se superar com um a menos em campo durante quase todo segundo tempo. O resultado sustenta o sonho quase impossível de acesso à série A do Campeonato Brasileiro e praticamente dá fim a qualquer chance de rebaixamento no campeonato.
O Cruzeiro iniciou o jogo de forma avassaladora. Sem tomar conhecimento do adversário, o time propôs nos primeiros minutos de jogo e buscou os passes em profundidade, sempre vertical. E foi dessa forma que saiu o primeiro gol: Sóbis recompôs a posse de bola no meio de campo, tocou para Giovanni que, de primeira, enfiou a bola para Airton na ponta esquerda, livre para dar um passe rasteiro para Pottker marcar. 1 a 0 e um domínio de partida que há tempos não se via.
Entretanto, a realidade voltou a bater na porta. O Cruzeiro chegou a ter certo controle do jogo até os 25 minutos, mas quando na primeira pressão do Sampaio, o time do Cruzeiro voltou a se comportar de forma mais defensiva, deixando que os mandantes gostassem da partida e ficassem bem próximos do empate. Uma grande defesa do Fábio e chances desperdiçadas do Sampaio garantiram a vitória parcial no primeiro tempo.
O segundo tempo voltou com uma dor de cabeça, logo aos 7 minutos de jogo, William Pottker foi expulso. O lance foi sequencial, após ter tomado o primeiro amarelo por ter isolado a bola após cometer uma falta normal, reclamou com o juiz e foi expulso, deixando o Cruzeiro com um jogador a menos e tendo que lidar com a pressão do Sampaio. Giovanni também foi expulso, por reclamação, mas o meia já estava no banco de reservas quando recebeu o vermelho.
A pressão se manteve. O Sampaio tentava a todo custo o gol do empate, enquanto ao Cruzeiro restava a tentativa de se defender e explorar os poucos contragolpes, nenhum com perigo. Welinton, Jadsom Silva, Marcelo Moreno e o jovem zagueiro Paulo (que fez sua estreia) entraram em campo, mas nenhum panorama foi mudado. Mesmo com a pressão, a “Bolívia querida” não conseguia criar boas chances de ataque. Quando os atacantes do time mandante conseguiam passar da zaga, paravam em Fábio, que fez uma grande partida. Nem mesmo os 9 minutos de acréscimos do árbitro foram o suficiente para mudar o placar do jogo.
De positivo, além do resultado em si, a superação dos jogadores durante o segundo tempo. Mesmo diante das adversidades e das decisões contestáveis do árbitro, o time mostrou brio e segurou o resultado, mais do que necessário nesse momento de turbulência administrativa – o Cruzeiro segue com sua folha salarial atrasada em mais de 2 meses. De negativo, o mesmo de sempre: um time que se acomoda quando tem o placar favorável, pouco produz, pouco cria e não oferece perigo. Quando não é uma abatimento claramente emocional, é o físico que deixa a desejar.
Com a vitória, o Cruzeiro chegou aos 44 pontos, ocupando a 11ª posição e praticamente se livra de qualquer chance de rebaixamento. O próximo confronto da Raposa é contra o Oeste, na próxima quarta-feira (13), no Independência às 21:30h.