
Fábio não cansa de salvar o Cruzeiro. Uma semana após pegar três pênaltis consecutivos e garantir a vaga da equipe na semifinal da Copa do Brasil, o goleiro voltou a brilhar. Dessa vez, defendendo uma cobrança de pênalti do meia Luan (vai ter pesadelos, hein?) e garantindo um ponto precioso para o Cruzeiro em Porto Alegre. Após um bom primeiro tempo da equipe comandada por Mano Menezes, vencido por 1×0 com gol do contestado Bruno Silva, o ritmo caiu na etapa final e o empate ficou justo pelo que foi o jogo. Contudo, a campanha segue irregular no Brasileiro, com o time alcançando o 6º jogo seguido sem vitória. Agora na 7ª colocação com 27 pontos, tem obrigação de vencer o Fluminense, em casa, no próximo sábado.
Com apenas 35% de posse de bola no primeiro tempo, o Cruzeiro foi eficiente no que se propôs a fazer: Se fechar com duas linhas de 4 compactas e sair no contra-ataque. Bruno Silva, pela direita, e Rafinha, pela esquerda, eram responsáveis pelo corredor, com Lucas Romero e Ariel Cabral fechando o funil. Na frente, Arrascaeta e Barcos faziam a primeira pressão. O Grêmio levava perigo com os avanços do bom atacante Everton pela esquerda, se aproveitando da fragilidade do lateral Ezequiel, mas dava muito espaço pelos lados, com Léo Moura e Cortez tendo dificuldade para atacar e marcar. Já a equipe celeste chegou com perigo aos 34′ com Barcos, Paulo Victor fez importante defesa. Aos 44′, Egídio cruzou para área, Barcos deu uma casquinha e Bruno Silva venceu a marcação de Cortez para bater de primeira, no ângulo. Golaço. Apesar de não ter a bola, o Cruzeiro finalizou mais que o Grêmio (7×3) e foi mais competente.

Decisivo, Fábio pegou (mais um) pênalti cobrado por Luan e evitou a derrota do Cruzeiro. Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.
Na segunda etapa, Renato mexeu na sua equipe sacando André e Léo Moura para entrada de Jael e Alisson, Ramiro foi deslocado para lateral direita. Essas alterações melhoraram a equipe gremista, já que o centroavante que entrou é mais adaptado ao estilo associativo da equipe, conseguindo fazer pivô, abrir espaços e possibilitar uma fluidez maior do jogo tricolor. O Cruzeiro, por outro lado, não conseguia encaixar contra-ataques e a bola não ficava lá na frente. Barcos e Arrascaeta tinham dificuldade em reter a posse e articular. Com isso, o Grêmio foi crescendo no jogo. Aos 14′, Everton arrancou pela esquerda, Ezequiel falhou ao tentar o bote, deixando o atacante no mano a mano com Léo, passando por ele e chutando forte, a bola ainda desviou em Murilo antes de matar o goleiro Fábio. Indefensável. 1×1.
Mesmo sofrendo o gol, vale destacar a aplicação defensiva do Cruzeiro, com suas linhas compactas e próximas, o jogo entrelinhas do Grêmio praticamente não existiu. Everton era o que mais tentava, mas Luan e Alisson pouco apareceram. Restava, então, a busca pelas jogadas laterais com cruzamentos, foram 17 na etapa final, com Léo e Murilo rebatendo 13 vezes. Por outro lado, a falta de ímpeto ofensivo prejudicava o Cruzeiro. Buscando uma solução, Mano lançou Thiago Neves no lugar do Arrascaeta, mas o camisa 30 mal apareceu no jogo. Aos 37′, Egídio cometeu pênalti em Alisson e aí apareceu mais uma vez a estrela do goleiro Fábio. Assim como na semifinal da Copa do Brasil de 2017, Luan partiu para bola e…

Foi o 25º pênalti defendido pelo goleiro Fábio com a camisa do Cruzeiro. Partiu Luan…
Pelo contexto do jogo e a produção ofensiva nula da equipe celeste no segundo tempo (nenhuma finalização a gol) o empate acabou sendo um resultado aceitável. O destaque negativo da partida fica por conta do lateral direito Ezequiel. Além de ter falhado no gol gremista, foram diversas bolas nas costas que poderiam ter comprometido a (boa) atuação defensiva da equipe. Chega de chances para quem demonstra não ter condições de vestir uma camisa tão pesada.
Por hoje é só. Sábado é dia de comparecer no Mineirão para superar o Fluminense, está na hora de voltar a vencer no Brasileiro.
Saudações celestes
Foto de capa: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.
#MeDibre