Na noite desta segunda-feira o Cruzeiro conheceu seus adversários na Libertadores 2019. E embora as lembranças mais recentes da competição tenham deixado certo ranço – como diriam os jovens de hoje – o sonho do tricampeonato da América segue sendo uma obsessão inigualável.
O grupo B, no qual a Raposa é cabeça de chave, contará com Emelec (EQU), Huracán (ARG) e Deportivo Lara (VEN). Nenhum bicho-papão, nenhuma altitude preocupante ou time em fase esplendida. Um grupo fácil – e você pode conferir a análise completa feita pelo amigo Iron Luiz, aqui mesmo no DMD – que pode traçar um caminho menos tortuoso para que o Cruzeiro se classifique entre os primeiros gerais e garanta o maior número de possível de decisões em casa – um reforço de peso para um time que tem se mostrado especialistas em copas.

Reprodução: Conmebol/Twitter Oficial
Antes de entrarmos nos méritos individuais dos adversários (deixemos pra uma próxima coluna especializada), precisamos de entrar com uma mentalidade diferente nessa Libertadores. A mentalidade de que jogar um bom futebol é o necessário, acima de qualquer superstição. Evitar se apegar aos clichês de que Libertadores é guerra, porrada, etc. Na bola – e só na bola – o Cruzeiro tem totais condições de passar por cima de praticamente qualquer problema. E, de certa forma, mostrou isso esse ano – só foi parado quando a interferência externa foi muito pesada e muito direta.
O Cruzeiro terá menos de 20 dias para realizar sua pré-temporada antes da estreia no Campeonato Mineiro, um tempo totalmente descabido – que poderia ser um problema ainda maior – caso existisse a necessidade de que Mano Menezes utilizasse suas peças mais fortes de forma antecipada. Com um grupo teoricamente mais fácil, maior serão as possibilidades de ajustar as peças tanto na parte técnica, quanto física.
E falando em ajustes, aqui uma crítica pra atual desorganização explícita do Cruzeiro: o ano de 2018 terminou antes para a Raposa, que foi campeã da Copa do Brasil e afastou qualquer risco no Brasileirão. A morosidade nas contratações – e dispensas – estão totalmente sem lógica. Enquanto muitos se movimentam, o Cruzeiro segue estagnado. O time é bom, claro, mas precisa sim de renovação e contratações pra alguns setores deficientes. A torcida fica no aguardo.
Enfim, 2018 nem acabou e já estamos vivendo o 2019 com a intensidade que se deve. Mano Menezes terá o privilégio de uma continuidade de trabalho que poucos tiveram, tem na mão um elenco de experientes e vitoriosos, há boas opções para ajudar a melhorar o time e a diretoria tem a autonomia que gostaria para iniciar um ótimo trabalho.
As expectativas são as melhores!