
O famoso gol de falta contra o River Plate, que deu o primeiro título da Libertadores para o Cruzeiro em 1976, todo cruzeirense sabe qual é. Quem bateu aquela falta na ”molecagem” é fácil de responder: Joãozinho. Mas isso é pouco, perto de tudo que Joãozinho representa e por tudo que fez pelas 5 estrelas mais temidas do futebol mundial. Todos deveriam conhecer mais sobre João Soares de Almeida Filho, que foi apelidado pelo radialista Vilibaldo Alves como o ”bailarino da Toca”, o maior ponta-esquerda da história do futebol mineiro e simplesmente um dos jogadores mais talentosos da história do Cruzeiro.
Foram 485 jogos pela Raposa e 119 gols marcados, Joãozinho é o 8º jogador que mais vestiu a camisa celeste e o 9º maior artilheiro da história do clube. ”Muita gente me criticava também. Eu nunca tocava para o lado ou para trás. Meu negócio era gol ou ir para frente, tentava driblar e ir para a linha de fundo, as vezes dava certo, as vezes não. Mas nunca tocava para trás ou para o lado” – palavras do próprio Joãozinho, que ajudam a entender o quanto ele era diferenciado.
De família cruzeirense e apaixonado pelo clube desde sempre, Joãozinho vinha para BH na carroceria de um caminhão e pulava o muro do Mineirão para poder assistir os jogos. Era um torcedor apaixonado como nós, e da arquibancada.
Seu começo no clube aconteceu graças à insistência do senhor João de Almeida, pai de Joãozinho, que trabalhava como motorista de ônibus na empresa de Carmine Furletti, dirigente do Cruzeiro.
Muita coisa aconteceu desde a insistência do pai para conseguir um teste para o filho até a aposentadoria de Joãozinho em 1987. Foi campeão da Libertadores jogando a final no sacrifício, quase apanhou do treinador no vestiário por fazer o gol do título (sério), foi o melhor jogador da maior partida da história do Mineirão, foi convocado para a seleção brasileira e muito mais.
O Deus me Dibre vai contar toda essa trajetória e começa agora, a primeira parte de uma longa série sobre este ídolo eterno. Prepare a pipoca, acomode-se, pois o próprio “bailarino” vai contar a sua história.
#VamoQueVamo