O MEDO DE PERDER TIRA A VONTADE DE GANHAR

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Foto: Cruzeiro E.C./ FLICKR OFICIAL

Mais uma vez o Cruzeiro termina uma rodada do Brasileiro sem vitória. Com o empate contra o Bahia, em Salvador, chega a 8 jogos de jejum. Pelo contexto (falta de entrosamento + time reserva) o resultado não foi ruim. Pela situação do time no campeonato, o resultado foi péssimo. Uma pena que, mesmo com 1 a mais, Mano e atletas tenham fechado pelo empate e sequer tentaram a vitória no segundo tempo, deixando o Bahia crescer. Melhoraria bastante nossa colocação no Brasileiro. Ainda que apenas por 1 ponto, saímos do Z4 e dependemos de um tropeço da Chapecoense para não voltar pra lá nessa rodada.

Mesmo com tantas alterações e falta de entrosamento, a postura do Cruzeiro no primeiro tempo foi boa. Os garotos jogaram com personalidade e intensidade com a bola e na recomposição. Tivemos duas boas chances com Sassá, de cabeça, e Ederson acertando a trave, após desvio do Fabrício Bruno em cobrança de escanteio. Num 4-1-4-1 onde Cabral ficou à frente da defesa fazendo a distribuição de jogo, Ederson e Jadson por dentro com Maurício e David abertos e Sassá na referência com muita mobilidade, terminamos a primeira etapa com 6 finalizações, 4 no alvo. O Bahia ainda teve Arthur Caíke expulso no fim do primeiro tempo, o que deu esperanças de que finalmente iríamos vencer fora de casa (lá se vão 19 rodadas de jejum).

No segundo tempo, o Cruzeiro não voltou bem. Conformado com o empate, caiu demais o ritmo, Sassá já não conseguia prender a bola no ataque como antes e, mesmo com a menos, o Bahia levava mais perigo. Com vantagem numérica e precisando da bola para agredir, o time do Mano Menezes ficou confortável em apenas defender. O treinador colocou Vinicius Popó no lugar do Sassá que fazia péssimo segundo tempo e o lateral esquerdo Rafael Santos pelo lado esquerdo do meio no lugar do Maurício, mas a postura continuou retraída.

Ao fim da partida, o empate por 0x0 deixou um gosto amargo de frustração na boca do cruzeirense. Foram diversas reclamações devido a postura covarde da equipe. Concordo com todas, mas gostaria de lembrar que a cobrança tem que partir de quem comanda. E quem está no comando do Cruzeiro hoje? Enfim, venho alertando sobre o mau desempenho no Brasileiro desde antes da parada. Assim como já falei que por mim uma das Copas deveria ser deixadas de lado pro time recuperar pontos no Brasileiro e jogar com mais seriedade. Mas aí o técnico precisa ser cobrado, e parece que ninguém da direção tem coragem e competência pra isso.

Ficar jogo após jogo do Brasileiro repetindo que o desempenho do Mano em pontos corridos é medíocre, que ele tira menos do que esse elenco pode render é chover no molhado. Todo mundo já sabe disso. Cobrem de quem tem a caneta tomar atitude. Sinto que o ciclo do técnico está cada vez mais próximo do fim até pelo desgaste de ver a equipe tão claudicante no Brasileiro, postura bem diferente da apresentada no mata-mata. O Z4 segue assombrando o Maior de Minas, e acho que passou da hora de levar a sério a competição.

Toma jeito, Cruzeiro.

#MeDibre

 

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