FOTO: COLETIVA CRUZEIRO E.C. / REPRODUÇÃO
Conforme noticiado por toda imprensa mineira, nesta quarta-feira (2) foi publicado o edital de convocação para que o conselho deliberativo do Cruzeiro, presidido por Zezé Perrella, vote o afastamento da presidência do Cruzeiro – Wagner Pires de Sá e seus vices. A reunião está marcada para o dia 21 de outubro e também propõe a criação de um comitê gestor para o clube, caso o afastamento seja aprovado.
Enquanto esse movimento político, articulado, busca solucionar dentro do próprio estatuto a solução para os problemas, ex-conselheiros que não puderam compor o conselho deliberativo entraram na justiça e foram atendidos em decisão do juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares – você pode conferir a matéria completa no portal UOL clicando aqui, num parecer que anula a eleição do conselho deliberativo ocorrida irregularmente, no entendimento do juiz, no final de 2017.
Esses eventos acontecendo de forma simultânea, na mesma época em que o presidente Wagner Pires de Sá aparece em um vídeo, durante uma feijoada do clube na sede do Barro Preto, alegando ter pego o clube “o bagaço da laranja”, além da recente invasão de torcedores ao CT pressionando o time por uma reação rápida no campeonato, colocam a diretoria, antes inquestionável internamente e protegida pelo seu conselho, numa inédita posição de desconforto.
Conforme apuração, a possibilidade de renúncia já chegou a ser debatida internamente, sendo refutada pelo vice-presidente Hermínio Lemos, que está alinhado com os interesses da atual administração – ao contrário do vice Ronaldo Granata, que já se posicionou contrário à chapa da qual o mesmo faz parte. Para conhecer mais sobre a participação de Hermínio Lemos na política atual do clube, clique aqui e confira a matéria completa sobre a dinastia Lemos.
Até o dia 21, o Cruzeiro entrará em campo cinco vezes, em partidas válidas pelo campeonato brasileiro. Entre esses jogos, confrontos importantes como a partida contra o Fluminense, no Mineirão, numa partida direta pela sobrevivência na Série A. O desempenho do time nesses jogos pode ser o motivador para que uma renúncia da atual chapa seja feita, ou se apegue numa possível recuperação para tentar se manter viva e comandar o clube em 2020, ano em que acaba o mandato.
De certo, até então, é que a possibilidade do afastamento da atual diretoria por votação ganha força a medida que nomes como o de Pedro Lourenço se destacam entre as forças políticas contrárias aos atuais mandatários do clube.