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Cruzeiro lida com saída de dirigentes técnicos e renomados

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Divino Lima, Bernardo Pontes, Breno Muniz e Marco Antônio Lage. Todos estes profissionais contratados pela diretoria atual do Cruzeiro, chegaram com status e expertise em suas áreas. Profissionais de Know How, técnicos e que com toda certeza somaram – e somariam – muito ao clube em suas diversas áreas de atuação. Infelizmente, o que todos tem em comum agora é que não fazem mais parte do quadro diretor do clube.

Quando o presidente Wagner Pires de Sá assumiu e a transição aconteceu, diversos nomes foram trazidos para compor uma equipe vitoriosa e moderna. Mas esses mesmos nomes dividiram a opinião daqueles que acompanham os bastidores do clube. E a visão, até mesmo leiga, mostrava uma composição “oito ou oitenta”, nomes fortes em suas áreas como supracitado e nomes… enfim, fica pra outro texto.

Agora é hora de falar das saídas problemáticas dos “oitenta”. Divino Lima, que assumiu a vice-presidência executiva financeira do Cruzeiro, saiu ainda em março desse ano e deixou explícita sua insatisfação com a convivência do “contraditório”. Bernardo Pontes, que estava à frente do marketing celeste, teve uma saída estranha e sem explicação – mas que fontes nos bastidores garantem um conflito de poder com outros diretores. Breno Muniz, peça chave na direção de tecnologia e que estava realizando um ótimo trabalho na consolidação do novo modelo de sócio, também saiu sem explicações detalhadas. E por último Marco Antônio Lage, ex-vice-presidente executivo, até então um dos homens mais influentes e mais capacitados da atual gestão, saiu e expressou sua preocupação com as contas celestes.

Breno Muniz (à direita) foi mais um a deixar o cargo (Foto: Divulgação/Cruzeiro E.C.)

Essas saídas devem levantar, sim, uma bandeira de preocupação. A ideia de que o Cruzeiro tem deixado de ser um clube que busca os melhores nomes capacitados para poder dar lugar a pessoas de “confiança” de outros figurões, mas sem capacidade técnica adequada, pode levar o clube a um processo rápido de implosão e jogar fora todo um trabalho que evidentemente está dando resultado, vide o título da Copa do Brasil.

É necessário que se cobre – e nisso, fica aqui até uma crítica à imprensa tradicional – mais transparência sobre o organograma e a funcionalidade dos bastidores do Cruzeiro. A torcida precisa saber que está sendo feito (e por quem!) para manter a estrutura do clube em sua base. Mesmo com críticas ferrenhas, acredito que ainda cabe ao clube um caminho de glórias para taças em 2019, mas pra que isso se concretize é preciso que se pense sempre como Cruzeiro e nunca como Ipatinga.

 

Foto de capa: Divulgação/Cruzeiro E.C.