OS DESAFIOS DE ROGÉRIO CENI NA SEQUÊNCIA DO BRASILEIRO

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Foto: Vinnicius Silva / Cruzeiro

Após a eliminação na Copa do Brasil para o Internacional, não há tempo para lamentação. Como venho dizendo há alguns dias, o único profissional que temos disponível capaz de tirar o Cruzeiro da ameaça de rebaixamento chama-se Rogério Ceni. Se você ainda não leu meu último texto, recomendo a leitura (clique aqui) onde tento explicar às escolhas do treinador que foi alvo de muitas críticas após o jogo. Com uma diretoria em frangalhos, sem credibilidade e cada vez mais alvo de denúncias e evidências que escancaram sua gestão temerária, fazendo com que torcedores tenham marcado protesto para domingo, às 9h30, no estacionamento do Independência, antes do confronto contra o Grêmio, Rogério precisará de jogo de cintura pois nossa situação no Brasileiro ainda é difícil.

Depois de somar 8 pontos de 12 possíveis se considerarmos o empate contra o Avaí quando o técnico ainda não era Ceni, conseguimos respirar na tabela somando 18 pontos e ocupando a 16ª colocação com 4 pontos a mais que a Chapecoense (17º) e a 6 do Fluminense (18º com 1 jogo a menos). Contudo, os próximos três jogos serão decisivos e colocarão novamente a capacidade de mobilização e evolução da equipe à prova. Enfrentaremos um Grêmio eliminado da Copa do Brasil e, por esse motivo, deve vir com time completo, já que a semifinal da Libertadores ocorre apenas no início de outubro. Depois desse duelo, encaramos no fim do turno o Palmeiras de técnico novo e velho conhecido nosso: Mano Menezes. Com apenas o Brasileiro para disputar e estreando a frente do clube na sua arena, os jogadores provavelmente mostrarão serviço e sabemos que não faltam peças de qualidade. Se Mano conseguir recuperar os atletas animicamente, teremos um adversário duríssimo pela frente. E, pra piorar, iniciaremos o returno enfrentando o Flamengo, atual líder do torneio, no Mineirão. É difícil imaginar que Jorge Jesus poupará jogadores pensando na Libertadores visto que ainda terão mais duas rodadas pela frente antes do confronto. Então, devemos encarar força máxima.

Os últimos confrontos contra CSA, Vasco e Internacional ainda sinalizam um elenco com dificuldade de assimilar os novos conceitos da comissão técnica. O time ainda apresenta dificuldade na saída de bola e também na gestão da mesma, que segue lenta e pouco objetiva. Falta potência física (principalmente do meio pra frente devido a alta média de idade) para pressionar no ataque e vencer duelos individuais. Ceni acabou de chegar e ainda tenta implantar sua filosofia com um elenco que não foi montado por ele e que ainda demonstra não conhecê-lo tão bem, refletindo em mexidas durante os jogos que não melhoram a equipe. Todos esses desafios (técnicos, anímicos e físicos) precisarão ser rapidamente solucionados pelo treinador que ainda enfrenta um grupo de veteranos mimados liderados por Edílson e Thiago Neves (principalmente) que utilizaram a imprensa nos últimos dias para reclamar sem justificativa, afinal não estão entregando no campo resultados que justifiquem às cobranças. Por isso que, se for o caso, será necessário colocar medalhões no banco. E pra isso, precisaremos estar do lado do nosso comandante. 

Por fim, deixo um vídeo do ex-treinador Muricy Ramalho explicando o que ele fez para salvar o São Paulo do rebaixamento, em 2013. Acho que serve pro nosso momento atual.

#MeDibre

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