PARA 2020, PACIÊNCIA E APOIO SERÃO FUNDAMENTAIS

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O Cruzeiro está quebrado. Vítima da pior gestão da sua história através de pessoas despreparadas ética e profissionalmente para o posto que ocuparam por quase dois anos (Wagner Pires de Sá, Itair Machado, Sérgio Nonato e todos os asseclas da família união) amargamos o rebaixamento e uma dívida que pode superar a casa dos R$ 700 milhões. O novo CEO do clube Vittorio Medioli expôs em entrevista ao Jornal O Tempo e também a Rádio Itatiaia no programa “Bastidores” uma situação de calamidade. Com receitas de televisão antecipadas até o fim de 2022, a expectativa de arrecadação caiu de R$ 300 milhões para 80 em 2020. Com isso, sacrifícios terão de ser feitos e a torcida precisará de compreensão e paciência. A reconstrução está apenas começando.

Apuramos no DMD que há uma grande dificuldade de honrar com os compromissos dos atletas com salários elevados e nem mesmo os mais identificados com o clube tem presença garantida ano que vem. Com sondagens do Santos o zagueiro Léo pode ter sua saída facilitada caso às conversas avancem para ter um alívio na folha. Por outro lado, aqueles com alto custo que pouco corresponderam na temporada são um problema. Até mesmo a rescisão em comum acordo demanda um valor impagável pro clube. O lateral direito Edílson, por exemplo, ainda que esteja nos planos do Grêmio teria um custo de aproximadamente R$ 6 milhões para ter seu contrato rescindido. Contratações de reforços também deverão ser feitas priorizando trocas, jogadores em fim de contrato ou em baixa em seus clubes que possam chegar por empréstimo. Não haverá fundos para grandes investimentos.

Depois de dois anos com total irresponsabilidade financeira, conselheiros remunerados gerando um custo de R$ 450 mil mensais e jovens da base sendo desprestigiados como o caso do Thonny Anderson (vendido por R$ 500 mil) a conta chegou. Devemos lembrar desse passado para não repeti-lo e agora vislumbrar um giro de 360º na administração. Cortes serão feitos, gastos serão reduzidos e privilégios deixarão de existir. Antes esquecida, as categorias de base serão nossa principal fonte de material humano. O Campeonato Mineiro será um bom laboratório para visualizar quais garotos apresentam qualidade para o time de cima e quantos deverão ser emprestados para amadurecer. O Cruzeiro vai renascer das cinzas e voltará mais forte de toda essa tempestade. Mas, para isso, a torcida precisará ir junto, entendendo que por alguns anos teremos vacas magras, times aguerridos mas com pouca – ou nenhuma grife – e muita transpiração.

#MeDibre

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