PASSOU, MAS FOI POR POUCO!

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FOTO: WILLIAM ROTH / LIGHTPRESS / CRUZEIRO E.C.

A Copa do Brasil começou mostrando que não importa o adversário, o Cruzeiro não terá jogo fácil nesse ano de reconstrução. O que podia ser uma partida equilibrada, com uma vitória tranquila, virou um filme de suspense, com um time muito mais disposto do que técnico. Méritos também ao São Raimundo que tentou ganhar uma partida em que o próprio Cruzeiro tentou complicar.

Que pese os problemas de um time ainda em formação, que começou sua montagem do zero mesclando jogadores muito jovens com alguns experientes, era nítido que o Cruzeiro tinha uma capacidade técnica muito superior ao do time do norte. Mas foi num lance de duplo erro de arbitragem que o São Raimundo saiu na frente: jogador impedido e domínio com o braço. O Cruzeiro apertou o pé, pressionou e, apesar de sempre errar no último momento (principalmente com Roberson, que foi muito abaixo hoje) conseguiu achar seu gol com Edu, que estava improvisado como volante.

O começo do segundo tempo mostrava como deveria ser a tônica da partida: um Cruzeiro dominante, buscando espaços verticais. E foi num contragolpe certeiro que Maurício lançou Judivan, recebeu do mesmo dentro da área, chutou cruzado e Alexandre Jesus completou. Nesse momento, com o placar estabelecido em 2 a 1, o Cruzeiro vivia melhor momento no jogo. E foi aí que resolveu se complicar. Adilson substituiu Maurício e colocou o zagueiro Arthur. Depois substituiu Judivan, machucado, por Pedro Bicalho. Edu, que já estava amarelado, ficou em campo. E o São Raimundo aproveitou uma falha coletiva da defesa pra fazer um gol e empatar o jogo. 

Aos 35 do segundo tempo, Cruzeiro já estava com menos um jogador em campo e precisando se segurar para sair com a classificação. Faltou inteligência emocional e até capacidade técnica de aproveitar os espaços de contragolpe. Um sufoco que só acabou com o apito final.

De positivo, a participação dos garotos nos dois gols. E a gente espera que também fique a lição para o técnico Adilson Batista, que se complicou por substituições controversas e vem insistindo em jogadores que demonstram um rendimento muito abaixo até mesmo pros padrões do time atual. Ah, não posso esquecer de mencionar outro ponto muito positivo: faz a TED, CBF! R$1,1 milhão na conta por passar dessa fase na Copa do Brasil.

De negativo, além da péssima arbitragem e do campo, jogadores que destoaram muito do que o time já vinha rendendo. Roberson é o exemplo claro disso, perdendo gols claros, quebrando boas jogadas e deixando o ataque bem mais lento.

Agora o Cruzeiro se preocupa com o Patrocinense, pelo Campeonato Mineiro e aguarda a definição de data e hora para enfrentar o BOA, em Varginha, pela segunda fase na Copa do Brasil. 

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