
Finalmente! Depois de três jogos frustrantes que se arrastaram, o Cruzeiro para por 30 dias durante a realização da Copa do Mundo. O empate contra o Vasco por 1×1, em casa, a derrota para Chapecoense por 2×0, fora de casa e, por fim, o empate insosso contra o Paraná, em Curitiba, evidenciaram uma equipe desgastada fisicamente, tanto pela sequência de jogos quanto pela média de idade alta e que necessita de descanso. A pausa para Copa será muito bem vinda.
Com o terceiro jogo sem vitória, o Cruzeiro encerra a primeira parte da temporada na 8° colocação do Brasileiro, com 17 pontos em 12 jogos. Foram 5 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, 8 gols marcados e 7 sofridos, 50% de aproveitamento. Ainda corremos riscos de sermos ultrapassados por Corinthians e Vasco, 10º e 11º, respectivamente. Desempenho bem mediano que não condiz com o investimento feito no início da temporada.
O jogo
O gramado pesado da Vila Capamena dificulta a vida de qualquer equipe que enfrenta o Paraná. Por ter um time técnico, o Cruzeiro sofreu no primeiro tempo com a forte marcação do adversário que se fechava de forma compacta em um 4-1-4-1 com todos os jogadores de linha atrás da linha da bola com o único intuito de roubá-la e sair no contra-ataque com Carlos pela direita e Silvinho pela esquerda. O único jogador mais adiantado era Thiago Santos, centroavante.

A expressão do Ezequiel resume sua partida. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro.
Por sua vez, o Cruzeiro foi a campo com diversas alterações. Egídio, Edílson, Henrique e Thiago Neves não jogaram. Em seus lugares entraram Ezequiel (ê tristeza) e Hermes nas laterais, Lucas Romero e Lucas Silva como volantes e, na frente, Mancuello atuou aberto pela esquerda, Robinho pela direita, Sobis e Raniel com liberdade para se movimentar. 4-4-2 em linha. O time controlou o jogo durante toda primeira etapa, trocava muitos passes – a maioria para o lado – sem objetivo ou infiltração. A falta de velocidade e mobilidade – problema antigo – se fazia presente. A primeira chance de perigo aconteceu aos 40′ com Raniel recebendo a bola na entrada da área, chapelando dois marcadores e tocando para Robinho que passou da linha da bola e chutou fraco, para fora. Aos 45′, Mancuello fez jogada individual pela esquerda, fintou dois marcadores e bateu, mesmo sem ângulo, para difícil defesa do goleiro Thiago Rodrigues.
O segundo tempo começou como o primeiro. Sem intensidade no último terço ofensivo e criatividade abaixo da média, o Cruzeiro não conseguia furar a forte retranca paranista. Contudo, aos 2′, Raniel fez boa jogada, passou pela marcação e chutou forte, o goleiro espalmou e, no rebote, na marca do pênalti, Robinho conseguiu chutar para fora. Buscando uma opção de velocidade, Mano promoveu a estréia do lateral esquerdo Patrick Brey no lugar do apagado Mancuello. O jovem entrou no meio campo. Deu resultado. Ao infiltrar na área e receber a bola em profundidade, Brey foi empurrado e sofreu pênalti claro, aos 19′. Rafael Sobis cobrou e colocou o Cruzeiro em vantagem. A comemoração durou pouco já que 10 minutos depois o Paraná empatou em falha geral do sistema defensivo azul. Júnior, com liberdade (acorda, Hermes!), cruzou para Silvinho escorar entre Dedé e Ezequiel, que ainda desviou a bola para o gol. Rafael Sobis voltou a marcar aos 35′, mas o bandeira erroneamente anulou o gol. Vale ressaltar que é a terceira partida seguida em que o Cruzeiro foi prejudicado pela arbitragem. Absurdo.

Brey estreou cavando um pênalti e se movimentou bem. Belo cartão de visitas. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.
Considerações finais
O Cruzeiro necessita de ajustes. Essa pausa para Copa precisa ser muito bem aproveitada pelo treinador e diretoria para replanejarem os caminhos do segundo semestre. Com Libertadores e Copa do Brasil na sequência e uma média de idade alta, fica claro que o Brasileiro não poderá ser levado com a equipe principal. Não podemos retornar daqui 30 dias com a velocidade ainda sendo um problema. David, enfim, irá estrear? Ainda vejo necessária a aquisição de mais um velocista. Arrascaeta: fica ou sai? Não adianta ir à imprensa dizer que o planejamento é contar com o jogador até o final do ano. Todos sabemos que o interesse da Europa por ele é alto e o próprio atleta também se mostra disposto a ir. Diretoria pode negar, mas deve trabalhar nos bastidores para encontrar um substituto, se necessário. O ideal seria este jogador já estar aqui durante o intervalo para treinar e se adaptar ao grupo.
A expectativa por um título de expressão é grande, o investimento foi alto e todos esperamos que o final dessa história seja feliz. Até lá, vamos aproveitar a Copa do Mundo.
Foto de capa: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.
Saudações celestes!
#MeDibre