FOTO: GUSTAVO RABELO / ACERVO PESSOAL
Uma categoria muito específica e guerreira de torcedores do Cruzeiro vem reivindicando seu lugar nas arquibancadas do Mineirão, os portadores de necessidades especiais, também conhecidos por PCD’s (pessoas com deficiência) que, jogo após jogo, se encontram no gigante da Pampulha de forma organizada. O assunto não é novidade e já foi até mesmo noticiado anteriormente aqui no DMD, quando o representante da torcida “Cruzeiro Eficiente” Leônidas Rabelo procurou nossa reportagem para explicar a situação.
Passados quatro meses da matéria em que explanamos o problema em questão, até o momento, não houve a solução pretendida e já combinada entre o diretor responsável pelo sócio-torcedor, Leandro Freitas, e os representantes dos PCD’s. Mesmo que diversas reuniões tenham sido marcadas nesse tempo e promessas tenham sido feitas, até então, as soluções encontradas pela diretoria do clube parecem “tampões” e não a solução definitiva.
A ideia de se criar um sócio-torcedor específico para atender a essa demanda é um sonho em comum dos torcedores – ao mesmo tempo que parece algo que não passa pela cabeça dos mandatários do clube.
De acordo com as informações repassadas à nossa reportagem, o Cruzeiro pretende enquadrar essa categoria de torcedores dentro do já existente plano “Cruzeiro Sempre”, apenas dando a eles a prioridade de compra de ingressos. A ideia, inclusive, era realizar essa divulgação na quinta-feira (4), mas esse cronograma pode ser alterado após as novas discussões realizadas entre as partes.
Em contato direto com o diretor Leandro Freitas por whatsapp, Leônidas questionou sobre a criação da nova modalidade falando que: “não quer saber do sócio Cruzeiro Sempre e quer saber é do Sócio Específico q estamos lutando, igual criança tem e é o sócio Kids. E vc prometeu nos na 1ª reunião e nos não foi atoa aquele dia aí na Sede. Que vc tá querendo é jogar no Cruzeiro Sempre e dizer pronto. Pode até pergunta o Túlio desta manifestação, q até muitos marcou ele lá.” tendo o diretor respondido “Então não tem sócio!” e complementando que eles teriam apenas 20 cadeiras disponíveis e que a adesão teria número superior a isso.
Como funcionaria a modalidade:
De acordo com Leônidas Rabelo, o programa de sócio destinado exclusivamente aos PCD’s já estava em pauta desde o início de 2018, quando Marco Antônio Lage ainda estava no quadro de diretores. Na época se descutiu, inclusive, como funcionaria as modalidades desse modelo de sócio-torcedor: o nome seria “Cruzeiro Eficiente” tendo duas modalidades, a cativa, para quem vai em todos os jogos, com uma mensalidade de R$80,00 por mês dando acesso ao torcedor e seu acompanhante e uma outra modalidade para quem não se faz presente em todos os jogos, tendo uma mensalidade de R$30,00 e desconto na compra do ingresso de 60%.
A preocupação desses torcedores se dá pela proximidade de jogos decisivos, onde provavelmente o Mineirão receberá públicos altos e os mesmos se preocupam em não conseguir ingressos para as decisões, tanto da Copa do Brasil como da Libertadores.