O Cruzeiro demonstrou descontentamento com a decisão da CBF de realizar o jogo contra o Palmeiras com portões fechados. Segundo o clube, a medida prejudica a equipe por um “episódio que não foi causado” por sua torcida. A diretoria ainda espera uma revisão do caso, marcada para quarta-feira, às 21h30, no Mineirão.
A determinação da CBF, anunciada no domingo, foi oficializada em comunicado assinado por Júlio Avelar, diretor de competições, e André Mattos, diretor jurídico. A decisão foi comunicada aos dirigentes de Cruzeiro e Palmeiras e às federações de futebol de Minas Gerais e São Paulo, confirmando que o jogo será realizado sem a presença de público.
A decisão de portões fechados foi tomada em razão de um incidente em outubro, quando integrantes de uma torcida organizada do Palmeiras emboscaram um ônibus com torcedores do Cruzeiro, resultando em uma morte e mais de 20 feridos. Em resposta, o governo de Minas Gerais solicitou que a partida fosse disputada com torcida única, encaminhando o pedido à Federação Mineira de Futebol e à CBF.
O governo de Minas Gerais, por sua vez, recorreu à Justiça para assegurar que a torcida mandante esteja presente no confronto válido pelo Campeonato Brasileiro. Em contato com a nossa reportagem, o mandatário e dono da SAF de futebol celeste, Pedro Lourenço, condenou a postura do governo de Minas Gerais em relação a falta de garantias de conseguir dar segurança às duas torcidas para realização do jogo:
“É um absurdo o que o governo de Minas está fazendo com Cruzeiro, Palmeiras e com a segurança. É um absurdo. Está na mão da juíza decidir até meio dia (desta terça-feira), se não decidir vamos ter que tomar uma posição. Estou tentando com o governo, já falei com o Zema (governador) desde sexta-feira, ele garantiu que daria certo (jogo com as duas torcidas) e até agora nada.”
A Lei Geral do Esporte estabelece que o Cruzeiro teria até as 21h30 desta segunda-feira para iniciar a venda de ingressos, respeitando o prazo legal previsto.