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Pepa analisa jogo e vê Cruzeiro de volta ao “limite”; técnico discorda de decisão da arbitragem

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FOTO: STAFF IMAGES / FLICKR / CRUZEIRO

Em um jogo repleto de gols, o Cruzeiro empatou em 3 a 3 contra o Athletico-PR na Ligga Arena, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após a partida, o técnico Pepa concedeu entrevista coletiva e destacou diversos aspectos da atuação de sua equipe.

Pepa iniciou suas considerações sobre o jogo destacando a intensidade e a qualidade apresentadas pelas duas equipes em campo: 

“Quase (a vitória veio). Mas isso, no futebol, é isso mesmo. Duas grandes equipes dentro de campo. Fomos muito organizados, muito compactos. Identificar muito bem a referência, a pressão, aquele lance em que o Wesley roubou a bola e serviu o Arthur espelha bem a capacidade da equipe. Tivemos muito bem, praticamente irrepreensíveis no primeiro tempo.”

O treinador do Cruzeiro fez questão de elogiar a postura tática do time, especialmente na ausência de um centroavante fixo: “Mesmo sem um centroavante fixo, tivemos o Vital entrelinhas, a procurar aquele espaço. Arthur e Wesley muito verticais. No meio tivemos esse discernimento, todos sabemos da qualidade do Lucas (Silva), principalmente da tomada de decisão, de pausar o jogo, de guardarmos a bola.”

Sobre o desempenho dos jogadores após partidas menos convincentes em casa, Pepa enfatizou a capacidade de reação do elenco: “O que prefiro realçar é a capacidade dos jogadores depois de jogos menos conseguidos em casa. Não é o resultado que queríamos, mas em termos de exibição, foi muito positivo da nossa parte.”

Questionado sobre as expectativas para o restante do campeonato, o técnico projetou uma sequência de jogos favorável ao Cruzeiro:

“Ainda faltam dois jogos no primeiro turno. E vamos com tudo contra o Botafogo. Mas o projeto é uma sequência boa. Acima de tudo pela capacidade e qualidade/quantidade de opções. Ganhamos mais opções, com características diferentes. Agora é tirar proveito e entrosar o mais rápido possível. Mas a expectativa é muito boa. Ganhamos todos com isso.”

Quanto à arbitragem, Pepa preferiu não estender-se em comentários polêmicos, mas deixou clara sua insatisfação com a decisão do pênalti que resultou no gol de empate do Athletico-PR:

“Me custa falar sobre isso (arbitragem), porque não faltei com respeito a ninguém. Nunca. Não ofendi ninguém. Na minha opinião, o pênalti foi forçado. Teve mérito, mas foi muito forçado. E quando acaba o jogo e estamos todos na emoção, vou falar com o árbitro sobre essa decisão, fica fácil dar amarelo, vermelho. Quem sou eu pra dizer o que quer que seja. Temos que ter a capacidade de ouvir. Em tudo na vida, não só no futebol. Sinto-me frustrado porque pedi explicações e levei amarelo, levei vermelho na hora. Não sei o que vai acontecer, mas na vida temos que ter a capacidade de ouvir. Mas sobre isso, não posso fazer nada.”

Por fim, o técnico valorizou a comunicação entre a diretoria e o elenco, que resultou em uma atuação mais consistente: “Muito positiva (conversa entre diretoria e elenco). A resposta foi hoje. Penso que estávamos todos com saudades de ver o Cruzeiro assim. Fomos iguais a nós próprios. Temos que ter a humildade de perceber que não há jogos ganhos antes de serem jogados. Basta ver os resultados, qualquer equipe ganha. Mas a precipitação com bola, a energia, sentimos que estava a baixar um pouco. E aqui não dá pra baixar nada, tem que estar no limite. Quem assistiu ao jogo, viu um grande espetáculo. E nós não queremos baixar disso, porque já havíamos feito. Nosso desafio é não baixar disto.”

O técnico também falou sobre a situação do jogador Nikão, reforçando que a decisão de mantê-lo no clube foi resultado de uma conversa franca entre ambos:

“Nikão é um homem que agrega muito. Foi uma situação contratual. A questão dos jogos no Brasileirão que se atingisse determinado número de jogos não poderia sair. Avalio o espaço de tempo em que essa utilização iria privá-lo de sair. Portanto, acima de tudo, sempre trabalhou bem, no limite e tivemos uma conversa de homem para homem e ele tem trabalhado muito bem, tanto é que entrou bem.”